quinta-feira, 26 de julho de 2012

Felipe França prega uma peça em Cesar Cielo durante treino

Nadadores brasileiros treinaram largada nesta quarta-feira

A natação brasileira está à vontade em Londres 2012. Nem parece que as disputas pelas medalhas olímpicas começam já neste fim de semana. No treino oficial no Centro Aquático nessa terça-feira (25), Felipe França pregou uma peça em Cesar Cielo. O especialista no nado peito simplesmente empurrou o campeão olímpico dos 50 metros livre na piscina.
Os atletas só vão cair na água para valer a partir de sábado (28), quando começam as provas de natação dos Jogos Olímpicos-2012.
Para técnico, Cielo precisa de “melhor prova dos últimos anos” para ganhar ouro nos 100 m livre
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R7

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 Obrigada Babii!! ;**

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Além das medalhas, Fabi e Cesar Cielo colecionam camisas e terços

Líbero guarda peças do uniforme de jogadoras de vários países, enquanto o recordista mundial ganha objeto de proteção das 'vovós' que o encontram

Nos tempos de menina, o bolo de figurinhas não parava de crescer. Fabi precisava delas, mesmo sem saber direito o motivo. Talvez tenha herdado da mãe o gosto por coleções. Por anos a fio, guardou papéis de carta e latinhas. Hoje, seu maior tesouro mora em malas, na casa de Dona Vera, em Juiz de Fora. As 30 camisas, algumas de sua carreira e muitas de atletas famosos do vôlei que ela garimpa mundo afora e não cabem em seu pequeno apartamento no Rio. Nele, apenas uma está em destaque, emoldurada na parede do quarto de hóspedes: a que usou na conquista do ouro, nos Jogos de Pequim-2008. Desde aquela edição das Olimpíadas, Cesar Cielo viu uma coleção inesperada nascer. O sinal da cruz e o dedo apontado para o céu, marcas de seu ritual antes de cair na piscina, foram suficientes para passar a ganhar terços de presente. Eles passaram a ser guardados na gaveta de uma mesa que tem em casa e que costuma ser aberta com uma boa frequência.

Cesar Cielo e sua coleção (Foto: Divulgação)

- Compro alguns, mas ando ganhando muitos. É superbacana. Noventa por cento do público que me dá os terços é por causa da religião. E, desse número, boa parte é de vovós (risos). Elas dizem que eu sou parecido com os netinhos e também me dão fotinhos de santos. Guardo todos juntos. Teve um que uma senhora me deu em nome da família, porque quando o filho estava doente disse que dei motivação para ele. Então, resolveu retribuir me dando um terço com a foto dele. E eu me sinto protegido. Ultimamente, o que tenho mais precisado é de proteção. É aquilo que o Rocky Balboa fala: "Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente". Se manter no topo não é fácil. Tantas coisas acontecem para atrapalhar... Coisas negativas. Você lê algo no Twitter, no Facebook. As pessoas não te conhecem e falam algo - disse Cielo.

No caso de Fabi, aumentar a coleção exige persistência. Precisa abordar as donas dos objetos de cobiça, explicar que coleciona camisas e que gostaria de contar com a colaboração delas. Vez ou outra, tem sorte, e recebe a ajudinha dos amigos. Como fez Fofão, ao pedir a da cubana Aguero, campeã olímpica em Atlanta-1996 e Sydney-2000 e integrante da geração que ficou marcada pela grande rivalidade com o Brasil.
- Ela me entregou em mãos e começou a perceber que não era mal vista pelas brasileiras. Depois ela se naturalizou e foi jogar pela Itália. Viu que havia um respeito. Tenho camisas importantes e comecei com isso por causa da minha mãe. Ela guardadava de lembrança uma de cada equipe que eu defendia. Aí vi que que as pessoas gostavam de trocar camisas e admiração era recíproca. Após uma Copa Pan-Americana, a líbero da República Dominicana veio pedir a minha camisa e eu pedi uma dela. Ela se tornou uma grande jogadora na posição e aí pensei: "Por que não guardar outras e contar a história assim?"
No início, a procura passou a ser pelas de número 14, o mesmo usado por Fabi. Depois, mudou o foco, trocando com as jogadoras que admirava. A única do vôlei masculino que tem é a de Giba, meio que por acaso. Acostumada, assim como o ponteiro, a doar camisas autografadas para que instituições de caridade possam ter um ganho com elas, a líbero viu uma sobrar. Giba queria presenteá-la. A mais recente a morar no "quartinho da bagunça da Fabi" é a da americana Logan Tom.
- Estava me devendo desde o ano passado. Cruzei com ela e disse que era uma furona. Aí, ela tirou a camisa da mochila e me deu (risos). Algumas jogadoras ficam surpresas com o pedido. Após os Jogos de Pequim, as japonesas queriam tirar foto com a gente. E ali tem uma lenda viva, que representa toda uma geração e que todos respeitam. A Takeshita (levantadora) não fala inglês e é preciso intérprete. Fui lá e pedi uma camisa. Ela perguntou: "Uma camisa minha?". Mesmo surpresa, pediu a minha. Como lá é tudo tecnologia, acho que devem colecionar computador - brinca Fabi.
Se não sabe se hábito vai ser cultivado por muito tempo, uma certeza Fabi tem. De acordo com ela, não será possível ver nenhum item da Rússia entre os que já tem.
- Não existe uma relação de empatia entre Brasil e Rússia na quadra. Talvez a mais brasileira delas seja a Sokolova. A Gamova conseguiu construir uma resistência grande. Acho que a gente vai ficando mais velha e nostálgica. Quando está próximo de parar de jogar você quer guardar coisas. São provas das conquistas.
E de conquistas ela e Cielo entendem bem. Tanto que o campeão olímpico dos 50m livre considera a de medalhas a sua maior coleção, a de verdade mesmo.
- Não tenho ideia de quantas são, mas acho que tenho mais de 1.000. Elas ficam lá em Santa Bárbara D'Oeste, no escritório do meu pai e da minha mãe. Ele perde tempo esquematizando tudo para ficar mais bonito. Eu nem mexo. Elas parecem mais dele do que minhas - ri.


 GLOBO

 

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 Sábado já tem Felipe França, Felipe Lima, Thiago Pereira, Joanna Maranhão e Daynara de Paula nas águas...

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