domingo, 11 de maio de 2014

Cesar Cielo não teme retorno de Michael Phelps e fala sobre a vontade de vencer

Cielo comentou as lesões que atrapalharam seu rendimento nas Olimpíadas de Londres


A volta do maior atleta olímpico de todos os tempos, o nadador Michael Phelps, não é temida por Cesar Cielo. O norte-americano também nada os 50m livre, que é a especialidade do brasileiro tricampeão mundial.

Cielo prefere a cautela antes de afirmar alguma coisa do retorno às piscinas do lendário nadador: “Não, ainda não. Vamos ver se ele não faz alguma coisa de outro mundo. Por enquanto vamos ver o que ele vai fazer”.

Medalhista de ouro em Pequim 2008, Cielo ainda comentou as lesões, que atrapalharam seu rendimento nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012: “Eu pensei: 'será que eu vou voltar de novo do jeito que eu era?'. Cortei os dois joelhos. O problema foi quando bateram os três meses, e aí, vai voltar? Não conseguia nem levantar da cadeira. Mas eu estava determinado”.

Competitivo, o nadador brasileiro não esconde a satisfação e o orgulho que tem, quando conquista alguma marca importante ou título: “Você consegue o negócio e se sente o melhor cara do mundo, que é aquele momentinho depois da prova bem nadada. Eu vou olhar para alguém e dizer que em algum momento da vida ninguém nadou mais rápido do que eu nessa piscina”.

O duelo entre Phelps e Cielo também poderá acontecer no próximo Mundial de Natação, que acontece em 2015, em Kazan, na Rússia.

Cielo vence 100 metros livres e encerra Maria Lenk com conquista de seu 4º ouro

Com um tempo de 48s13, Cesar Cielo ficou na frente de Matheus Santana, que terminou a prova na segunda colocação


O Troféu Maria Lenk, disputado em São Paulo, terminou neste sábado com mais uma medalha de ouro de Cesar Cielo. Desta vez na prova dos 100 metros livre, o melhor nadador brasileiro da atualidade faturou a sua quarta vitória na competição, em que defende o Minas-MG.

Com um tempo de 48s13, Cesar Cielo ficou na frente de Matheus Santana, que terminou a prova na segunda colocação com 48s61 e bateu o recorde mundial júnior da categoria novamente, uma vez que já tinha feito a melhor marca do mundo durante as eliminatórias pela manhã.
O atleta da Unisanta-SP tem apenas 17 anos e vai despontando como promessa da natação brasileira para os próximos anos. "Acho que ainda posso melhorar a saída e a virada. Se tivesse conseguido fazer melhor esses dois fundamentos, podia ter feito na casa dos 48s1 ou 48s2. Mas não fico pressionado por bater o recorde, fazer o terceiro, primeiro ou sétimo tempo. Procuro fazer o melhor que posso. Não vou ao Pan-Pacífico porque meu foco serão os Jogos Olímpicos da Juventude (em Nanjing, em agosto), tudo bem passo a passo", disse.

João Bevilaqua de Lucca, do Pinheiros-SP, completou o pódio com um tempo de 48s67. Nicolas Oliveira e Marcelo Chierighini fecharam a prova na quarta e quinta colocações, respectivamente. "É bem empolgante o desafio de nadar aqui com o João e o Marcelo. Eles já foram campeões universitários e eu também. E o revezamento do Brasil vai só melhorando. Eu, pessoalmente, quero ir bem nos revezamentos também, além das provas individuais. Mas preciso voltar a nadar nos 47 segundos", comentou Cesar Cielo.

Nos 50 metros peito, João Gomes Júnior, do Pinheiros, levou a melhor com 23s43 e Felipe França, do Corinthians-SP, 23s44, ficou com a prata. A disputa sempre dura na prova e especialmente entre esses dois especialistas do estilo dão ao Brasil dois ótimos atletas para o Pan-Pacífico, competição para a qual eles já possuíam índices melhores feitos no Torneio Open, em dezembro de 2013.

Na última prova do campeonato, o revezamento 4x100 medley, a equipe do Pinheiros levou a melhor com um tempo de 3min37s40, conquistando a medalha de ouro com Fabio Arikawa, João Luiz Gomes Junior, Guilherme Rosolen e João Bevilaqua de Lucca. O Minas de César Cielo ficou com a prata, enquanto que o Corinthians ficou com o bronze.

Cesar Cielo faz melhor tempo do ano nos 50m borboleta no Troféu Maria Lenk

Nadador do Minas fez 23s01 na prova, contra 23s07 do sul-africano Roland Schoeman


Homem mais rápido do mundo nos 50 metros livre, com folga sobre qualquer outro estrangeiro, Cesar Cielo é agora também o mais veloz de 2014 nos 50 metros borboleta. Mas ele não gostou nada do seu desempenho na final do Troféu Maria Lenk, nesta sexta-feira à tarde, no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo. De qualquer forma, o tempo de 23s01 o coloca no topo do ranking mundial da prova nesta temporada, à frente do sul-africano Roland Schoeman, que tem 23s07.

"A prova foi bem nadada. Saí bem atrás do Nicholas (Santos). A saída não está acontecendo e é um dos meus pontos importantes da prova. Foi uma saída bem ruim", disse Cielo, em entrevista ao SporTV, reclamando mais uma vez dos blocos de partida do parque aquático inaugurado na última segunda-feira. Por isso, ele admite que poderia ter sido melhor. "Juvenil que está assistindo (pela TV): A gente também erra bastante. Fui muito de lado", avisou.

Para o atual campeão mundial dos 50 metros borboleta - também ganhou ouro nos 50 metros livre no ano passado em Barcelona -, dois centésimos a menos já teria feito diferença. Na natação, existe sempre o conceito da barreira dos segundos. Na prova desta sexta-feira, a ideia era completar na casa dos 22 segundos. "Tinha o objetivo pessoal de fazer o primeiro tempo do mundo e querendo nadar para 22 segundos. A saída me comprometeu" lamentou Cielo.

Com o tempo, porém, Cielo se garantiu entre os quatro melhores índices técnicos de provas não-olímpicas para nadar o Pan-Pacífico (ele já tinha o índice, mas a CBDA só vai levar quatro atletas no masculino). Nicholas Santos também garantiu passaporte, mas pelo tempo que fez no Open do ano passado: 22s95. Nesta sexta-feira, completou com 23s23.

Como os índices técnicos dos atletas classificados nos 50 metros peito até agora (Felipe França e João Gomes Júnior) também são altos, os atletas classificados nos 50 metros costas após as finais de quinta-feira (Guilherme Guido e Daniel Orzechowski) não irão para o Pan-Pacífico. Eles só terão vaga se Cielo confirmar as expectativas e rejeitar a convocação para focar na temporada de piscina curta.

NOVO TÍTULO - Também nesta sexta-feira, Thiago Pereira ganhou medalha de ouro no Troféu Maria Lenk pela 31ª vez na carreira. O atleta mais completo da natação brasileira reclamou do cansaço no quinto e penúltimo dia de provas, apesar da vitória e do índice para o Pan-Pacífico nos 200 metros medley.

"Começou a doer ontem (quinta-feira) de noite. Comecei a sentir o corpo mole, dor no corpo. Natação é isso. A gente tem que se superar. Se eu tiver isso aí em competição importante vou ter que chegar lá e nadar. Aí falei: 'Ah, última prova individual, vamos dar a raça'. Foi bom. Podia dar mais, mas já dá bastante confiança para o restante do ano", contou.

Thiago Pereira, que ganhou bronze nessa prova no último Mundial, foi único que conseguiu índice nos 200 metros medley, com 1min57s98. Thiago Simon foi o segundo colocado nesta sexta-feira com 2min00s37, ficando 38 centésimos abaixo do índice para ir ao Pan-Pacífico.