"100% diferente", Cielo diz estar ainda melhor para Londres 2012
Quatro anos atrás, Cesar Cielo era um nome pouco conhecido entre os brasileiros. O nadador, então com 21 anos de idade, se esforçava nos treinamentos sem o assédio da imprensa, sem posar para fotografias, sem o peso de ser uma das poucas esperanças de medalha de um país.
Em 2012, entretanto, a história é completamente outra. O ouro olímpico nos 50 m livres em Pequim, o bronze nos 100 m e a série de conquistas e recordes que vieram na sequência transformaram o paulista em um dos principais nomes do esporte brasileiro.
Agora, Cielo é o homem a ser batido nos Jogos de Londres e 2012 e terá que aprimorar ainda mais suas marcas nas provas de velocidade da natação para se manter no topo. O que, surpreendentemente, não parece abalar o atleta.
"A pressão externa é a mesma, independente do lugar em que você está. Para mim, a maior pressão é a minha mesmo, é a interna. Pouca coisa mudou nesse sentido, na verdade posso até dizer que a pressão interna aumentou", disse Cielo nesta quinta-feira. O nadador está na capital britânica treinando no Crystal Palace, centro esportivo que será utilizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro como quartel-general durante os Jogos.
Nas atividades desta tarde, o campeão mundial se mostrou irritado em alguns momentos. Parecia estar incomodado com sua performance na piscina que servirá para preparação antes das provas no Centro Aquático de Londres daqui a 50 dias.
"Se eu sinto que errei alguma coisa eu vou querer repetir, fazer de novo. Não quero sair da piscina achando que poderia ter feito algo diferente. Hoje dei algumas vaciladinhas no treino. Aí repeti e acabei fazendo o mesmo erro de novo. E isso me irritou. Mas é a exigência de querer fazer tudo certo o tempo inteiro", explicou.
E é esse perfeccionismo que Cielo garante ter aprimorado no hiato entre Pequim e Londres. "Você vai ficando mais velho e vai perdendo um pouco o parâmetro. Estou ficando cada vez mais 'mala', muito mais chato", brincou, "e a exigência que estou tendo, que também é maior, está me levando a manter o título dos 50 m por todos esses anos. Então não vou dizer que é uma coisa ruim. É o que vem me mantendo perfeccionista e espero que isso faça a diferença na Olimpíada também."
Cielo afirmou ainda que "qualquer pessoa que passou de 21 anos de idade para 25 sabe qual é a diferença. É gritante a maturidade que se ganha nesses anos, principalmente por tudo que eu passei. Eu sinto que em 2008 fui como um franco atirador para a Olimpíada, imaginei que tinha capacidade de ganhar, e hoje estou indo para defender o título com uma certeza e confiança muito maiores do que antes."
Por isso, "agora estou 100% diferente. A única coisa que se mantém dentro de mim é a vontade de ganhar, isso não baixou em momento nenhum. Mas o resto, fui aprimorando um pouquinho as arestas para chegar do jeito que estou hoje. Com 21 anos eu gostava de nadar. Hoje entendo que esse é o meu trabalho."
Isso significa que perdeu o prazer de estar na piscina? "Não! Meu hobby é o meu trabalho."
Dessa forma, Cesar Cielo demonstra confiança convincente para tentar repetir os feitos de Pequim. Tanto que o nadador já fala em manter o mesmo ritmo até os Jogos do Rio em 2016, antes de uma eventual despedida em 2020. O foco do momento, contudo, segue claro: ouvir a composição de Francisco Manuel da Silva tocando no Parque Olímpico de Londres no próximo dia 3 de agosto, data da final dos 50 m livres masculino.
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Brasileiros treinam em Londres e sonham com dobradinha na natação
A delegação brasileira de natação iniciou nesta quinta-feira em Londres mais uma etapa da preparação para os Jogos de 2012. Oito atletas treinaram na piscina do Crystal Palace, complexo esportivo na capital britânica que será utilizado pelo COB como quartel-general durante a próxima Olimpíada.
Entre os nadadores que desembarcaram na cidade estão Cesar Cielo, principal nome da modalidade no País, e Thiago Pereira, atleta brasileiro com maior número de medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos. Bruno Fratus, revelação no 50 m livre também integra a delegação.
Ansioso para sua estreia olímpica, Fratus sonha alto. O nadador fluminense alcançou neste ano a segunda melhor marca do mundo na prova em que é especialista, ficando atrás apenas de Cesar Cielo. Por isso, projetar uma dobradinha nos 50 m em Londres 2012 não é algo irrealista.
"A torcida brasileira está querendo bastante uma dobradinha, mas sem dúvida o Cesar e eu queremos muito mais que todo mundo junto que isso aconteça", brinca o nadador. Ele pondera que "no entanto, não é hora de ficarmos antecipando muito o que está por vir. O momento é de dar 100%, treinar o melhor possível e quando chegar mais próximo a gente insere esse clima de competição no dia a dia. Por enquanto, o foco é só fazer o melhor possível."
Para conquistar o ouro, Fratus, 22 anos, terá que bater o recordista da prova, que também ostenta os títulos olímpico e mundial. A vantagem, contudo, é de treinar lado a lado com o principal adversário. O que, de quebra, ainda rende informações importantes na preparação. "Como o Cesar é um atleta mais experiente, já passou por várias experiências que eu ainda pretendo passar, tento absorver o máximo de informação positiva que eu consigo", comentou.
"O fato de ter o Cesar sempre na prova comigo é uma garantia de que a disputa nunca será fraca. Toda vez que cair na água para competir terá que ser para dar o melhor e ser o mais rápido", completou.
Além de se preocupar com a concorrência caseira nos 50 m livre, Cielo também terá que lidar com os adversários australianos nos 100 m. Em Pequim, o recordista mundial conquistou o bronze na prova.
Alcançar o topo em Londres será complicado, sobretudo diante dos resultados obtidos por nadadores como James Magnussen. O australiano está em ótima fase e foi apontado por Alexander Popov, um dos maiores nadadores de todos os tempos, como o favorito para a disputa. Em entrevista ao SporTV, o russo disse que nem mesmo Cielo poderá bater Magnussen, já que o atleta faz a segunda metade da prova em ritmo muito forte.
Cielo respondeu a declaração afirmando que "não vou fazer minha prova em cima de nenhum adversário". Sem se mostrar incomodado com a opinião do medalhista olímpico, o brasileiro afirmou que "ele poderia ter falado também que os australianos voltam forte nos 50 metros finais, mas os brasileiros passam a primeira metade forte também. Temos o primeiro e o segundo ranking dos 50 m."
Quem não gostou das afirmações foi o treinador da equipe, Albertinho, que parafraseou o ex-jogador de futebol Romário. "De boca fechada ele é um poeta", brincou o técnico arrancando risos dos atletas.
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Cielo se mostra confiante para Londres 2012
Quatro anos atrás, Cesar Cielo era um nome pouco conhecido entre os brasileiros. O nadador, então com 21 anos de idade, se esforçava nos treinamentos sem o assédio da imprensa, sem posar para fotografias, sem o peso de ser uma das poucas esperanças de medalha de um país. Em 2012, entretanto, a história é completamente outra. O ouro olímpico nos 50 m livres em Pequim, o bronze nos 100 m e a série de conquistas e recordes que vieram na sequência transformaram o paulista em um dos principais nomes do esporte brasileiro.
Agora, Cielo é o homem a ser batido nos Jogos de Londres e 2012 e terá que aprimorar ainda mais suas marcas nas provas de velocidade da natação para se manter no topo. O que, surpreendentemente, não parece abalar o atleta. "A pressão externa é a mesma, independente do lugar em que você está. Para mim, a maior pressão é a minha mesmo, é a interna. Pouca coisa mudou nesse sentido, na verdade posso até dizer que a pressão interna aumentou", disse Cielo nesta quinta-feira.
O nadador está na capital britânica treinando no Crystal Palace, centro esportivo que será utilizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro como quartel-general durante os Jogos. Nas atividades desta tarde, o campeão mundial se mostrou irritado em alguns momentos. Parecia estar incomodado com sua performance na piscina que servirá para preparação antes das provas no Centro Aquático de Londres daqui a 50 dias. "Se eu sinto que errei alguma coisa eu vou querer repetir, fazer de novo. Não quero sair da piscina achando que poderia ter feito algo diferente. Hoje dei algumas vaciladinhas no treino.
Aí repeti e acabei fazendo o mesmo erro de novo. E isso me irritou. Mas é a exigência de querer fazer tudo certo o tempo inteiro", explicou. E é esse perfeccionismo que Cielo garante ter aprimorado no hiato entre Pequim e Londres. "Você vai ficando mais velho e vai perdendo um pouco o parâmetro. Estou ficando cada vez mais 'mala', muito mais chato", brincou, "e a exigência que estou tendo, que também é maior, está me levando a manter o título dos 50 m por todos esses anos. Então não vou dizer que é uma coisa ruim. É o que vem me mantendo perfeccionista e espero que isso faça a diferença na Olimpíada também."
Cielo afirmou ainda que "qualquer pessoa que passou de 21 anos de idade para 25 sabe qual é a diferença. É gritante a maturidade que se ganha nesses anos, principalmente por tudo que eu passei. Eu sinto que em 2008 fui como um franco atirador para a Olimpíada, imaginei que tinha capacidade de ganhar, e hoje estou indo para defender o título com uma certeza e confiança muito maiores do que antes." Por isso, "agora estou 100% diferente. A única coisa que se mantém dentro de mim é a vontade de ganhar, isso não baixou em momento nenhum. Mas o resto, fui aprimorando um pouquinho as arestas para chegar do jeito que estou hoje. Com 21 anos eu gostava de nadar.
Hoje entendo que esse é o meu trabalho." Isso significa que perdeu o prazer de estar na piscina? "Não! Meu hobby é o meu trabalho." Dessa forma, Cesar Cielo demonstra confiança convincente para tentar repetir os feitos de Pequim. Tanto que o nadador já fala em manter o mesmo ritmo até os Jogos do Rio em 2016, antes de uma eventual despedida em 2020. O foco do momento, contudo, segue claro: ouvir a composição de Francisco Manuel da Silva tocando no Parque Olímpico de Londres no próximo dia 3 de agosto, data da final dos 50 m livres masculino.
CORREIODOESTADO
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VÍDEO: Cesar Cielo treina em Londres e diz: 'Ainda estou nadando devagar e preciso melhorar'
Cesar Cielo chegou a Londres e treina no centro de treinamento "Crystal Palace Aquatics", que servirá aos atletas da delegação brasileira.
O atleta concedeu entrevista aos jornalistas nesta quinta-feira, e se disse ainda em rítmo mais baixo do que gostaria.
"Preciso melhorar a minha velocidade. Ainda estou nadando devagar, e vamos ver se na olimpíada consigo encaixar isto"
O atleta concedeu entrevista aos jornalistas nesta quinta-feira, e se disse ainda em rítmo mais baixo do que gostaria.
"Preciso melhorar a minha velocidade. Ainda estou nadando devagar, e vamos ver se na olimpíada consigo encaixar isto"
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Técnico de Cielo rebate Popov: 'De boca fechada é um poeta'
Alberto Silva repete frase do ex-atacante Romário para ironizar declarações do ex-nadador russo, que subestimou seu pupilo nos 100m de Londres-2012
O técnico de Cesar Cielo, Alberto Silva, rebateu as declarações do ex-nadador russo Alexander Popov de que seu pupilo não seria páreo para os australianos na prova dos 100m livre dos Jogos Olímpicos de Londres. Irônico, Albertinho reeditou uma famosa frase do ex-atacante Romário.
- De boca fechada ele é um poeta - disparou o treinador.
Cielo treina desde quarta-feira no centro de treinamento de Crystal Palace, em Londres (Inglaterra), onde ele e mais sete atletas da seleção brasileira de natação se preparam para as últimas competições antes dos Jogos. Os treinos vão até o dia 11 de junho, quando o grupo embarca para a disputa do Troféu Sette Coli, em Roma.
Em relação a Popov, Cielo, atual campeão olímpico nos 50m livre, mas bronze nos 100m, respondeu de forma mais contida que seu treinador.
- Se o cara está falando, deixa ele falar - disse o nadador, de 25 anos.
O jovem Bruno Fratus, de 22 anos, também defendeu o empenho brasileiro nos Jogos.
- A torcida brasileira está querendo bastante, mas, sem dúvida, eu e Cesar queremos muito mais que isso aconteça - disse, referindo-se ao ouro nos 100m livre.
O principal rival de Cielo nos 100m é o australiano James Magnussen. Após cravar 47s10 em março, em Adelaide, o campeão mundial da categoria chegou ao quarto melhor tempo da história. A Austrália não sobe ao pódio na prova olímpica desde 1968.
SPORTV
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BRIGADÃO RAAI
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