TODO MUNDO ESPERA ALGUMA COISA DE UM SÁBADO À NOITE...

No meu caso, eu não esperava nada demais... só ir terminando meus trabalhos da faculdade, conversar com alguns amigos e ir dormir... [Ah... desculpa... estou falando da minha vida! ¬¬] - IRÔNICA MODE SUPER ON!!

Sem nada pra postar (na verdade até tem, mas só sobre o namoro então prefiro deixar pra lá), resolvi, pra não deixar isso aqui tão parado, postar umas coisas que achei há um tempo e que são super interessantes, mas no meio da overdose, ficaria difícil destacar!

Duas postagens em blogs, uma sobre Marketing Esportivo (o tema do meu artigo pra Jornalismo Esportivo! ADORO! Principalmente com a ajuda da amada Flávia! *-*), outra é uma catapulta de questões sobre a gestão esportiva no país.

Dai a César o que é de César

Fazia tempo que não se via algo dessa natureza no esporte individual brasileiro. Me corrijam se estiver errado, porém do meu ponto de vista o grande ídolo foi e sempre será Ayrton Senna. Em seguida, veio Gustavo Kuerten, agora é César Cielo. Os esportes são diferentes. Mesmo com o Brasil tendo uma certa tradição, nunca ninguém faz nada comparado a Cielo. Em pouco tempo de carreira, o atleta já carrega na bagagem um ouro e um bronze olímpico, duas medalhas do mundial de Roma e de quebra um Recorde Mundial. Sem contar que ele é o melhor nas provas mais nobres deste esporte. Naquelas em que todos param para assistir.

Dentro da natação podemos dizer que ele é a terceira onda das últimas décadas. Primeiro Ricardo Prado, depois Gustavo Borges e Fernando Scherer e agora César Cielo. E que onda, hein? A maior de todas e está apenas no começo. E qual o impacto de tudo isso para o esporte e o marketing esportivo?

Antes que alguém me procure para saber isso, já vou antecipar aqui. Não dá para se prever o grau desse impacto neste momento. Isso só saberemos daqui a alguns anos. Vamos ao ponto crucial desta trajetória. Ídolos e a sua influência no esporte.

Quando Ricardo Prado começou a ganhar destaque por suas conquistas, naturalmente despertou o interesse de muitas pessoas para o esporte, tanto para acompanhá-lo como também para praticá-lo. O grande diferencial da natação para o tênis foi que houve uma continuidade na geração de ídolos. Sendo que a segunda onda veio em dose dupla com Fernando e Gustavo.

Agora com as façanhas de Cielo, vai ser muito natural que a natação se consolide como um grande esporte no país. César despertou o desejo de muitos para praticarem o esporte. Se suas conquistas continuarem, muitos outros atletas vão surgir e será muito mais fácil achar um novo ídolo no meio de 100 milhões de praticantes que no meio de 1 milhão. Dessa forma, haverá uma seqüência de ídolos no esporte e talvez a natação brasileira possa vir a ser uma grande potência mundial daqui a muitos anos.

Um ponto importante que deve ser ressaltado é que para a prática deste esporte é necessário uma estrutura especifica. Até a segunda onda era comum que os atletas viessem dos clubes sociais, porém com a falência de boa parte dos clubes acabou que o atleta hoje começa a ser formado em academias e escolas de natação que surgem como uma nova saída para o esporte. Nesse meio do caminho, devemos ter perdas de muitos talentos. Talvez devesse se pensar em construir piscinas nas escolas ou que aumentasse os projetos sociais para dar acesso aos muitos interessados na prática da natação. Enfim, alguém só conseguirá ser um novo Cielo se tiver acesso ao esporte. Se o Senna, nunca tivesse tido pilotado a um kart não saberia que seria um bom piloto. Agora pergunto, quem andou de kart em sua infância? [o projeto de das piscinas em SBO tem TUDO a ver com isso! Olha a visão de futuro dessa família...]

Do ponto de vista do marketing esportivo, é natural que surjam investidores para o esporte, pois a visibilidade aumentou muito. Para o atleta mesmo, nem precisa dizer que a procura será grande. Apesar da natação não ser o melhor esporte para quem busca visibilidade, ela possui atributos que podem vir a ser muito importante para algumas marcas. Como saúde, energia, rendimento, etc.

E em relação ao César é um atleta extremamente obstinado, muito dedicado, educado, politicamente correto, entre outras fatores e além de tudo vencedor. Quem não gostaria de atrelar sua marca a um atleta deste nível? A procura de patrocinadores por César deve estar sendo muito grande e aumentará de acordo com seus recordes e medalhas. Vamos nos acostumar a vê-lo como garoto-propaganda. Portanto, a natação surge pela terceira vez com novos ídolos, está tendo uma reciclagem no esporte. Precisa-se pensar em como tirar proveito disso e na formação de novos talentos. Quanto ao Cielo, merece ter todo retorno de sua dedicação e de seus resultados. Por isso digo “Dai a César o que é de César”.

FONTE: Blog IBME (Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo)


Cesar Cielo é o Melhor do Mundo
Vamos aproveitar essa medalha para discustir a fundo o Esporte Nacional
E não deixar que a Cartolagem tape o sol com a peneira

A consagradora vitória do César Cielo mostra, mais uma vez, que o esporte brasileiro vive de heróis, de talentos naturais que são cuidadosamente lapidados e que, por esforço brutal, consegue chegar ao patamar mais alto do pódium. Será que se o gigante César Cielo tivesse nascido na França, ou nos EUA, o caminho dele para a glória teria sido menos difícil? Sim, acho que teria.

Lá o Atleta de alto rendimento tem efetivo apoio dos órgãos dirigentes do desporto. O esporte brasileiro, a cada dia, dá demonstrações de que suas conquistas não são fruto de um trabalho planificado, de longo prazo, da famosa política esportiva. Cielo lutou muito para chegar aonde está.

Um dos melhores depoimentos do programa Brasil Olímpico, da ESPN Brasil, foi dos pais do nadador brasileiro, que deixaram muito claro que se não fosse o sustento financeiro deles próprios, esse talento teria ficado pelo meio do caminho. Emocionante a declaração da mãe de Cesar Cielo, ao afirmar que as medalhas olímpicas eram dele e que vieram sem apoios oficiais. Melhor ainda foi quando a corajosa mãe intimou a cartolagem a nunca mais trancar o filho em uma sala e fazer sobre ele irresistível pressão para não falar a vedade, ou o que de fato sentia.

Essas medalhas obtidas até agora em Roma, embora poucas em comparação com o potencial que o Brasil poderia desenvolver, são de enorme valia. E servem para comprovar que, cada vez mais, o Brasil precisa de mudanças na direção do esporte, de forma a arejar as arestas. Que não digam os dirigentes que a medalha de Cesar Cielo é produto de suas administrações competentes. Não é. Deixem o Cielo falar. Deixem os pais dele falarem novamente.

Vale sempre questionar quanto dinheiro da Lei Piva foi investido na formação do Atleta, vis-a-vis a dinheirama que jorra pelos ralos da candidatura olímpica brasileira. Será que se o Comitê Olímpico Brasileiro parasse de jogar dinheiro em investimentos sem retorno e passasse a preocupar-se mais com a formação dos Atletas, não teríamos muito mais Cielos? Claro que sim. Será que não cabe ao clube formador receber parcela da Lei Piva? Sim, desde que a eles, também, sejam impostas regras rígidas de controle uma vez que estarão lidando com dinheiro do povo e estabeleçam quotas mínimas para Atletas militantes. O que não é mais possível é uma entidade, o Comitê Olímpico Brasileiro, receber milhões de Reais de dinheiro público e gastá-lo como bem entender. Inclusive com candidaturas olímpicas. Não vamos usar as medalhas de Roma para tapar o sol com a peneira e jogar a sujeira para baixo do tapete. Vamos aproveitar o momento para discutir, a fundo, os rumos do esporte brasileiro.


FONTE: Alberto Murray Olímpico

--> Sem comentários! Ambos artigos balizadíssimos!


Beijocas Celestes!!

Algumas fotos de cortesia da Arena que encontrei no Facebook (no dia em que os ouros de Roma completarem 2 meses, eu posto mais, tá?! Junto com vídeos e um textinho... hehe)