Além de ser um ponto de desequilíbrio dentro das piscinas, Cesar Cielo também atua nos bastidores com sua empresa para agenciar carreiras e fortalecer a equipe de natação formada pelo Flamengo. A estrela brasileira foi responsável por importar duas australianas que provavelmente irão fazer a diferença no Troféu José Finkel: Marieke Guehrer e Kelly Stubbins, duas especialistas em piscina curta - justamente a realidade que será encontrada na competição que começa na semana que vem.
A ideia inicial é que as duas estrangeiras tragam muitos pontos ao Flamengo na classificação geral por equipes. Mas Cielo também se preocupa em melhorar o nível da natação feminina do Brasil, que teve apenas quatro representantes em Londres-2012 – Daynara de Paula, Graciele Hermann, Joana Maranhão e Fabíola Molina tiveram atuações pouco expressivas. “É um jeito de ajudarmos a puxar as meninas do Brasil que já se esforçam tanto para buscar grandes resultados. Trouxemos duas atletas de nível internacional”, disse o paulista nesta sexta-feira.
Nas conversas com a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, Cesar Cielo colocou a grande dificuldade de contratar estrangeiros em função da proximidade da competição brasileira com os Jogos Olímpicos. Sem tantas opções, ele realizou uma investigação rigorosa até encontrar as duas australianas.
“Precisávamos de nadadoras de piscina curta (de 25m, ao contrário das disputas em Londres realizadas em 50m), que preferencialmente não estivessem classificadas para a Olimpíada, esse é o caso delas. A Marieke e a Kelly estão preparadas para a seletiva australiana na semana seguinte para o Mundial de piscina curta, estão perto do melhor físico, foi uma boa jogada”, exaltou.
Aos 26 anos, Marieke Guehrer é especialista nos estilos borboleta e costas e apresenta um currículo de respeito: campeã mundial nos 50m borboleta em 2009 e recordista mundial dos 50m borboleta (tem o segundo melhor tempo da história) e 50m costas em piscina curta. Dois anos mais velha, Kelly Stubbins irá defender o Flamengo nas provas de velocidade do nado livre e nos revezamentos.
Apenas Marieke Guehrer esteve no Brasil anteriormente para a disputa de uma etapa da Copa do Mundo em Belo Horizonte. As duas australianas esbanjaram simpatia no contato com a reportagem da GE.Net, colocaram sua torcida pelo sucesso do País na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, mas foram claras em relação ao objetivo principal da passagem pela capital paulista.
“A nossa expectativa em relação ao Troféu José Finkel é que o Flamengo seja o campeão”, avisou Guehrer, que se mostrou satisfeita com a força do Rubro-Negro junto à população do País, principalmente no futebol. “Podem ter certeza de que esse clube ganhou mais duas fãs”, emendou.
Marieke Guehrer ainda carrega uma importante particularidade: atua como vice-presidente da associação dos nadadores da Austrália. A atleta trabalha tanto para proteger as reivindicações daqueles que permanecem em atividade e se preocupa até com o futuro daqueles que deixam a modalidade.
Assim, a australiana ainda deixou um conselho para que o Brasil melhore a técnica das suas nadadoras em busca de resultados mais expressivos. “Você precisa saber que o processo é longo e com grande investimento em todas as áreas”, encerrou Marieke Guehrer.
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