Cesar Cielo fecha Maria Lenk com mais um ouro e garante título ao Fla
Na última prova da competição, nadador assegura vitória no revezamento 4x100m medley e clube rubro-negro é campeão brasileiro após dez anos
Antes de entrar na água, Cesar Cieloincentivou a torcida rubro-negra, que encheu o Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, neste sábado. Se o Flamengo vai mal no futebol, na natação viveu um grande dia. Na prova que fechava o Troféu Maria Lenk, Cielo pegou o revezamento 4x100m medley na segunda posição, mas deixou Marcelo Chierighini e o Pinheiros rapidamente para trás, levando o Fla ao lugar mais alto do pódio. E não só da prova. Ajudou a garantir também o título brasileiro ao clube, algo que não acontecia há dez anos. O campeão olímpico seguiu o roteiro perfeito do técnico Marcos Veiga.
- Eu estava imaginando que ia nadar o borboleta, que é o que faço nesse revezamento normalmente, mas o Marcão (Marcos Veiga, técnico do Flamengo) teve um sonho que eu ia cair atrás e ia buscar. Parece que o sonho dele virou realidade - contou Cielo, que encerrou a competição com cinco ouros.
Com um elenco cheio de destaques da seleção, como Cielo, Leonardo de Deus, Joanna Maranhão e Tales Cerdeira, a equipe rubro-negra garantiu o título com 2.152,50 pontos. O Pinheiros, que dominou a natação brasileira de 2003 a 2010, chegou a sentir o gostinho de uma nova vitória, mas terminou em segundo, com 2.070 pontos. Com a ajuda de Thiago Pereira, o Corinthians foi o terceiro colocado (1.930,50).
Título com chave de ouro
O Pinheiros liderou quase toda a prova. Primeiro, no estilo costas, Daniel Orzechowski levou a melhor sobre Eugene Godsoe. Na sequência, o campeão mundial Felipe França manteve a vantagem sobre Henrique Barbosa no peito. Filipe Nunes comandou a reação do Flamengo no borboleta, contra Gabriel Mangabeira.
Foi aí que Cielo começou a pedir apoio da torcida. Passou Marcelo Chierighini nos últimos metros e bateu em primeiro em 3m36s10 contra 3m36s60 do Pinheiros, para delírio dos fãs. O Minas foi o terceiro, com 3m41s72. Com uma bandeira rubro-negra, Cesão comandou a festa da arquibancada.
- É a realização de um sonho que eu e a Patricia (Amorim) tivemos há três anos. É muito bom. É uma coisa que a gente pensou em fazer a longo prazo. Não queríamos fazer uma coisa foguete. Ser campeão num ano e sumir depois. Hoje a gente tem uma equipe sólida. É a natação mais vitoriosa do Brasil que agora volta a ser campeã. É uma honra muito grande fazer parte desse projeto. O Flamengo não só volta a ser campeão como abre uma gama nova para os atletas optarem por clubes diferentes. Acho que vamos ter uma natação mais acirrada a cada ano. Deixa a competição mais interessante, mais legal - afirmou Cielo, antes mesmo de o resultado final da competição ser divulgado.
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Técnico diz que Cielo ‘está pronto’, mas confessa que esperava mais no Rio
Alberto Silva e o próprio nadador não gostaram do resultado nos 100m livre e imaginavam um tempo ainda melhor nos 50m livre do Troféu Maria Lenk
“Ele está pronto’. É assim que o técnico Alberto Silva define a situação de seu pupilo Cesar Cielo a três meses dos Jogos Olímpicos de Londres. Escolhido como uma espécie de simulado para a grande competição do ano, o Troféu Maria Lenk 2012 não foi exatamente como a dupla planejava. Ainda assim, eles acreditam que agora é só que estão de “acertar detalhes” e “ preparar a cabeça” para buscar o bicampeonato nos 50m livre e tentar brigar pelo ouro nos 100m livre.
- O Cesar é questão de detalhes. Ele está pronto. Está muito bem acostumado com a metodologia de trabalho que a gente vem fazendo. É mais na cabeça mesmo. Ele tem que estar focado nos 100m tanto quanto nos 50m. Até porque os 100m vem antes, e acho que é importante - opinou Albertinho.
Se por um lado Cesar Cielo cumpriu o planejado nos 50m livre e nos 50m borboleta, alcançando suas melhores marcas sem os trajes tecnológicos, por outro, não atingiu suas próprias expectativas nos 100m livre. Embora o nadador tenha vencido a prova, a marca de 48s28 ficou bem distante dos 47s84 (sua meta) e, mais ainda, dos 47s10 do australiano James Magnussen.
- A competição vinha perfeita até os 100m livre. Mas a gente já virou a página, a gente sabe que dentro dele as coisas estão no caminho que a gente traçou. Então, estamos tranquilo. Eu costumo falar que o resultado já está dentro do cara. Acredito que esse resultado planejado para o Cesar nos 100m livre já está dentro dele. A gente só não conseguiu realizar aqui - afirmou o técnico.
Para Alberto Silva, o novo programa de prova da competição nacional também atrapalhou o desempenho dos velocistas, de uma forma geral, nos 100m livre. Cielo, por exemplo, não teve um dia de intervalo entre os 50m borboleta e os 100m livre, como acontecia até o ano passado.
Ainda assim, o campeão olímpico e o treinador esperavam mais desta competição, que foi planejada para servir como teste final para os Jogos de Londres. Mesmo nos 50m livre, que o brasileiro foi ouro com 21s38, o resultado não foi exatamente como almejavam.
- Os 50m foram excelentes. Confesso que a gente ficou muito feliz, mas também estávamos esperando menos. A gente projetou um pouquinho menos para essa prova - ressaltou o treinador.
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