sábado, 24 de dezembro de 2011

Hohoho!!!

OI AMOREEEEEEEES, FELIZ NATAL PRA VOCÊS!!
JA  GANHEI PRESENTE UAHSUIAHUIS
GANHEI UM MICROONDAS DA MINHA MAE!! NÃO EU NÃO TINHA UM EM CASA... RS
AGORA EU TENHOO!! \o/ VOU PODER FAZER VARIAS BESTEIRINHAS Q EU ADOOOOOORO FAZER COM UM MICROONDAS! KKKK
AGORA EH SO ESPERAR OS OUTROS, HSUIAHSUIA
E VCS? JA GANHARAM PRESENTES? CONTEM-ME!!

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O garoto que voa nas águas

SÃO PAULO - Em outubro, durante os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (México), o nadador mais veloz do mundo dominou a prova dos 50 metros nado livre, subiu ao pódio, recebeu a Medalha de Ouro, mas não ficou satisfeito. A poucos metros da batida, César Augusto Cielo Filho tirou a cabeça da água e chupou o ar. Treinado para cumprir 50 metros sem respirar, a interrupção da chamada apneia reduziu sua velocidade potencial em importantes milésimos de segundo. "Algo deu errado, calculei mal, perdi a chance de marcar o melhor tempo de minha carreira." A travessia em Guadalajara durou o recorde de 21 segundos e 58 centésimos, e "apenas" superou o índice que ele alcançou em 2007, no Pan do Rio, de 21s84.
Apesar disso, continua o ser humano que mais rápido anda pelas águas - sem milagres e sem conhecer o caminho das pedras. Líder no ranking mundial dos 50 metros livre (nos 100 m está em segundo lugar), é o primeiro nadador brasileiro a conquistar uma Medalha de Ouro em Olimpíada: aconteceu aos 20 anos em Pequim, em 2008, com 21s30.
Desde então, administra o assédio do público e a própria cobrança para superar marcas. Com disciplina e determinação, planeja manter-se no topo do pódio, defender medalhas para o Brasil na Olimpíada de Londres no próximo ano e "arrebentar" no Rio em 2016. Até lá, muito treino, alimentação correta e boas horas de sono para não comprometer o ajuste fino de seu corpo. "Os jogos de 2016 já estão na minha meta. Se der, ainda vou competir em 2020", diz Cielo, que acaba de ser eleito o melhor atleta do ano na categoria masculino do Prêmio Brasil Olímpico, em festa realizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Ares de garotão, sorriso um pouco tímido, Cesar Cielo, ou Cesão como é conhecido pela turma da natação, recebeu o Valor para um jantar no andar superior do restaurante de que é um dos dois donos - o sócio é o ex-nadador Roberto Martínez, o Robertão - no bairro do Ibirapuera, em São Paulo. Ambiente simples, sem afetação, o sobrado tem nas paredes fotos e peças da indumentária que o nadador usa em suas competições. Os clientes são jovens que aproveitam o começo da noite para esticar o "happy hour", casais de meia-idade que jantam cedo. A casa não é barulhenta, apenas alegre. E o grupo de corredores e aficionados de carros e karts, que acaba de chegar do Autódromo de Interlagos e ocupa mesa grande no salão térreo, parece divertido.
Robertão administra o cardápio, mas certamente aceitou sugestões do sócio: o carro-chefe do Original da Granja é um frango desossado (receita espanhola dos Martínez), portentoso como um chester, que pode ser acompanhado de polenta, mandioca frita, legumes na manteiga, arroz, feijão, salada.
Por que restaurante? Robertão e Cielo são amigos desde a adolescência, quando nadavam juntos no Esporte Clube Pinheiros. "Com aquela rotina puxada de treinos, sentíamos falta de um lugar, em São Paulo, para comer de verdade. Comida gostosa, em quantidade, e a preços razoáveis. Aqui a gente sai para uma pizza, comida japonesa, petisco e isso não mata a fome." Mais tarde, já nos Estados Unidos, "a comida lá é ainda pior" - os dois treinaram na Universidade de Auburn (Alabama), onde Cielo estudou comércio exterior por cinco anos -, começaram a pensar num restaurante em sua volta para o Brasil. "Inauguramos há dois anos. Está dando certo."
Quando conheceu Robertão, Cielo tinha 16 anos. Acabava de deixar Santa Bárbara d'Oeste, no interior paulista, para treinar na capital. O convite para o Pinheiros foi irrecusável. Vinha com a oportunidade de treinar na mesma piscina que Gustavo Borges, ídolo do garoto e medalha de prata nos 100 metros de livre estilo na Olimpíada de 1992 (Barcelona) e nos 200 m em 1996 (Atlanta). O argumento, utilizado por Alberto Silva (o Albertinho), técnico de Cielo até hoje, convenceu a família a deixá-lo sob cuidados do clube. "Se minha carreira não decolasse, teria, ao menos, a honra de ter nadado com o Gustavo", diz Cielo.
Cesão pede a entrada, além de um suco de morango e outro de abacaxi com hortelã (sem açúcar). A escolha dos sabores veio após protesto bem-humorado com o garçom pela falta de tangerina. Definido o impasse, o atleta sugere: "Vamos pedir, estou com muita fome".
A assessora de imprensa Heleni Felippe, o fotógrafo Regis Filho e os repórteres seguem a sugestão do campeão e decidem pelo frango desossado, acompanhado de arroz com brócolis, creme de espinafre e legumes na manteiga. A entrada é uma porção bem servida da Salada Original - folhas verdes salpicadas com bacon e temperadas com molho de mostarda. Para beber: mais suco. O campeão raramente ingere álcool. Não gosta de cerveja, mas aprecia vinho. "Meu pai gosta e às vezes eu acompanho."
A rotina de treino exige que Cielo coma a cada duas horas. Ele admite que é muito. Ao todo, sua dieta balanceada tem em média 5,5 mil calorias, somadas a partir de muita comida saudável. Açúcar branco, in natura, nem pensar. Às vezes, quando o tranco é forte demais, troca a fruta por chocolate. Tudo é controlado. Seu único exagero - relatado com certa culpa - é o frango com polenta da avó materna, Olga. No domingo anterior a esta entrevista, Cielo a visitou em Santa Bárbara e consumiu - para a felicidade da avó - um prato grande de polenta. "Na segunda-feira, parecia uma bigorna na piscina, caiu meu desempenho."
- Você treinou hoje?
- Hoje o treino foi curto, nadei 3,5 mil metros (70 vezes a travessia de uma piscina de 50 metros). Estamos às vésperas do Open de Natação e do Brasileiro de Sênior, no Rio [torneios simultâneos realizados entre 14 e 18 de dezembro, César ganhou, obviamente, nos 50 m e nos 100 m], então a rotina é mais leve. Ontem fiz musculação e ainda estou muito dolorido. Mas esporte de alto rendimento é assim. A gente vai até o limite do corpo, treina com lesão, com dor. Massacre!
Sua rotina costuma ser bem mais pesada. No início da preparação para os campeonatos, nada oito mil metros, com intensidade. São dois treinos por dia, um pela manhã e outro à tarde, com intervalo para descanso. Três vezes por semana faz musculação. "Chego a me exercitar por seis horas, rotina importante para um velocista. Preciso ter força na piscina."
A força, combinada com técnica apurada, é a grande marca de Cielo. Sem ausência ou exagero de músculos num corpo de 1,95 m de altura e apenas 89 quilos, a excelência de seu nado só pode ser bem observada em vídeotape e em câmera lenta. Especialista na modalidade crawl, suas braçadas são retas e precisas; saída e virada, perfeitas - características que o levaram à elite mundial da natação. Também nada, com muita competência, o estilo borboleta.
Segundo Cielo, o campeão ideal tem de estar nadando desde os seis ou sete anos e leva pelo menos oito anos para se transformar em atleta. Tem também de dominar todos os estilos. Aos 14, 15 anos, "começa a se desenvolver para valer". E atinge seu auge depois dos 20. Na velocidade, o auge é entre 25 e 27, mas nos 50 m livre há campeões olímpicos que chegaram aos 32. "Se tiver motivação, o esporte não acaba tão cedo. A gente vai se lapidando, colocando foco em todos os exercícios." Mas Cielo começou um pouco mais tarde.
Aprendeu os primeiros movimentos na água aos nove anos, por sugestão dos pais: o pediatra Cesar Cielo e a professora de educação física Flávia Brito Lira Cielo. O casal passava as férias no litoral norte de São Paulo e queria relaxar, deixar o filho livre para entrar no mar sem risco de afogar-se. [O nadador tem uma irmã mais nova, Fernanda, que se forma neste ano em jornalismo]. Cesão já experimentara o judô, mas desistira porque não conseguia ganhar. Mais alto que os meninos de sua idade, lutava na turma dos mais velhos e só perdia. Também jogou vôlei, esporte preferido do pai. Mas, ao encarar a piscina, sentiu o gosto das primeiras vitórias e nunca mais parou. "Tenho preferência por esporte individual, é da minha personalidade. Sei exatamente o que faço de certo e de errado. Só depende de mim. Detesto dividir responsabilidades."
A disciplina com que trabalha trouxe resultados raros para atletas do ramo. Depois de muitas braçadas, medalhas e recordes, Cielo tornou-se um bem-sucedido profissional. Recebe patrocínio, por exemplo, desde que, ainda adolescente, começou a atuar na seleção brasileira. Nadou pelo Pinheiros até 2009 e hoje está no Clube de Regatas do Flamengo, cuja presidente, Patrícia Amorim, foi nadadora. Além de salário, tem uma carteira de empresas que pagam para utilizar sua imagem, entre elas Hypermarcas (com a linha de higiene pessoal masculina Avanço), Embratel, Correios, Arena, Gatorade, Audi, Di Vialle e Chiesi. Os contratos variam de utilização da marca na roupa a licenciamento do nome Cielo em produtos. "Não ganho como um jogador de futebol, mas não posso reclamar. Em comparação com outros atletas, estou bem."
A mãe, Flávia, por quem deixa transparente a profunda admiração, é a sua "agente", a administradora de seus contratos. A única exigência de Cesão é que os compromissos não atrapalhem a agenda de treinos. Também não gosta de acordos de curto prazo. Só fecha com companhias que pretendem apoiá-lo financeiramente por, pelo menos, três anos. Para outras, oferece a imagem em campanhas isoladas.
A boa relação com os patrocinadores ajudou Cielo quando, no fim de junho, foi advertido por doping pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Os exames colhidos durante o Troféu Maria Lenk, realizado em maio, no Rio, acusaram a presença do diurético furosemida no corpo do atleta. A substância é proibida por mascarar o uso de outros produtos com efeitos dopantes. "Foi um choque. Sabia que era inocente, então tratei de reunir provas."
Segundo ele, a ingestão da furosemida foi acidental. Conseguiu provar que ocorreu ao tomar suplemento de cafeína manipulado em farmácia. A CBDA entendeu que o atleta não teve intenção de se dopar. Contou para o veredicto o histórico impecável e a comparação dos resultados obtidos no Maria Lenk com outros torneios disputados. Não houve mudança no desempenho do atleta. Mas a Federação Internacional de Natação (Fina) recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) contra a decisão da associada brasileira.
- Como lidou com isso?
- Apesar da injustiça, tratei de resolver o assunto logo. Com apoio da família, dos amigos e dos patrocinadores, que inclusive ofereceram apoio jurídico internacional, pedi para adiantarem o julgamento. O mundial de Xangai aconteceria dali a três semanas [24 a 31 de julho] e eu não queria participar do torneio sob essa sombra. Resolvi entrar na piscina de cabeça erguida. Meu advogado alertou que eu não precisava correr para resolver isso. Poderia esperar toda a burocracia e ser julgado meses depois. Mesmo assim, solicitei o julgamento. Não tinha o que temer. Dois dias antes de começar o campeonato, fui inocentado pelo TAS, a instância máxima do esporte. Confesso que nadei o mundial de Xangai anestesiado, sem saber direito o que acontecia.
- Você ganhou duas provas. O processo prejudicou o desempenho?
- Venci os 50 metros livre e os 50 metros borboleta. Não sei se ganharia os 100 metros livre se não tivesse passado por tudo isso. O fato é que sequei seis quilos em menos de um mês. Não conseguia comer nem dormir. Para um atleta com 89 quilos e 8% de gordura no corpo, é muita coisa. Na verdade, perdi força.
Pelo seu histórico, era para Cielo chegar, em Xangai, com tempos muito melhores. Mas a vantagem sobre os adversários tinha uma folga e, mesmo nadando mal como diz que nadou, conseguiu ganhar. "Acho que o campeonato de Xangai foi o único em que fiquei inteiramente satisfeito com meus resultados. Vencer sob aquela pressão foi uma realização maior do que na Olimpíada. Foi um alívio também para os meus pais. E eu disse para mim mesmo: 'Você é o cara'."
Para o futuro - que chega logo com os jogos de Londres - a aposta de Cielo é de menos turbulência e melhores resultados. Treina forte com o grupo de elite que formou no Projeto Rumo ao Ouro em 2016 (PRO-16). Sete atletas treinam com ele no Centro Olímpico do Ibirapuera, administrado pela Prefeitura de São Paulo. A ideia da equipe surgiu com a insatisfação de Cesão e de outros atletas por terem de sair do Brasil para um treinamento sério.
No fim do ano passado, quando decidiu deixar os Estados Unidos - "No Alabama era tão chato que no domingo à tarde até jogos de beisebol ia assistir!" -, Cielo idealizou ter no Brasil tudo o que está disponível em centros de ponta para a natação e preparar uma equipe para garantir boa participação nos jogos do Rio. "Nossa estrutura no Ibirapuera não deve nada a ninguém. Estou no melhor lugar do mundo." O primeiro desafio foi encontrar um lugar neutro, sem bandeira, para os treinos. Conseguiram uma piscina olímpica (50 metros) com excelentes condições. Faltava montar a equipe técnica e convidar os atletas.
Depois de muito conversar com o amigo e nadador Nicholas Santos - outro grande velocista, dos poucos no mundo que fazem os 50 m livre abaixo dos 22 segundos - e examinar currículos, decidiram que apenas Albertinho "teria o perfil". O problema estava no vínculo empregatício de 27 anos de Albertinho com o Pinheiros. "Como tirá-lo de lá? É uma vida inteira num clube..."
"Quero você como meu treinador particular e também do Nicholas", disse Cielo ao telefone, justo no dia 1º de janeiro de 2011. A conversa foi longa, mas terminou com o já ex-treinador do Pinheiros contratado até 2016 para trabalhar com Cielo, com Nicholas e os demais nadadores que disputarão vaga na equipe que representará o Brasil na Olimpíada. O time é uma seleção de campeões: Thiago Pereira (recordista brasileiro de 200 m costas), Leonardo de Deus (ouro nos 200 m borboleta no Pan de Guadalajara), Henrique Barbosa (recordista sul-americano dos 200 m peito), Tales Cerdeira (campeão nos 200 m peito nos Jogos Mundiais Militares de 2011). A comissão técnica, além de Albertinho, tem assistente técnico, médico, fisioterapeuta, nutricionista, estatístico e até um especialista em biomecânica, que estuda o movimento do nado.
- Quem paga tudo isso?
- Os atletas. Quando chamei o Albertinho, disse que o dinheiro sairia do meu bolso. Estamos conversando com os Correios para tentar uma cota de patrocínio para cobrir esses custos. Não tem nada certo, mas estamos treinando em casa [no Brasil], felizes e motivados.
- Aonde você quer chegar?
- Encontrar motivação para um velocista até que é fácil. Sempre luto contra o cronômetro. Acho que todas as minhas marcas podem melhorar. É uma questão de enxergar possibilidades. Quando penso no Michael Phelps [37 recordes mundiais, oito Medalhas de Ouro na Olimpíada de Pequim], lembro que foi considerado o maior atleta de todos os esportes. Agora vai tentar ser tricampeão olímpico em Londres. E tem três provas para tentar. O grande segredo é ter sempre algo maior para conquistar.
Superar os índices de 2009 - o ano dos maiôs tecnológicos, que faziam o corpo flutuar e, segundo alguns, tornavam as disputas artificiais; 40 recordes foram quebrados - é a grande ambição dos velocistas em todo o mundo. Cielo não confirma que seja também a sua ambição e acha que houve um momento em que todo mundo nadou com o maiô e as condições se equilibraram. "Quem foi mais rápido era porque era mais rápido mesmo." Há controvérsia sobre eliminar os tempos obtidos com o maiô especial, mas Cielo apresenta argumento realista em favor da sua manutenção. "A tecnologia não vai parar..."
Considerados os tempos de 2011 - maiôs proibidos -, ele está a cerca de meio segundo do melhor índice de 2009, com o maiô. Parece pouco, mas é uma diferença enorme na natação. Na piscina curta (de 25 metros), já conseguiu. Foi no Mundial de Dubai, em 2010, com 20 segundos e 51 centésimos sem a roupa especial.
Depois de quase duas horas e meia de entrevista - duas vezes interrompida pela chegada de garotos da vizinhança em busca de autógrafos -, é possível perceber o cansaço no rosto de Cielo. Na manhã seguinte, ele tem treino. Como não pode matar o trabalho, o jeito é ir dormir.
Ninguém pediu sobremesa e Cielo foi embora no seu Audi.

VALOR


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Não gente, sério... tem varias fotos nessa matéria, mas dentre todas, UMA EM ESPECIAL me chamou a atenção, por isso eu so vou colocar ela aqui ahsuiahusi
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ALGUEM CONSEGUE ME DIZER QUEM EH ESSE MENINO QUE O CESÃO TÁ SEGURANDO? AHSAUHSUIAHUISHUISHUIA
GENTE!! É INCRÍVEL A SEMELHANÇA DO CESÃO HOJE COM O PAI NESSA FOTO!! DIZ SE PARECE Q O CESAR PAI?! EU ACHO  O CESÃO E O SEU CESAR SUPER PARECIDOS, MAS NESSA FOTO É INCRÍVEL, EU TO VENDO O CESÃO FILHO! AHSUIAHSUI MUITO PARECIDOS...

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BOM POR ENQUANTO EH ISSO. FELIZ NATAL PRA VCS TUDO DE BOM!!
CESÃO FELIZ NATAL!!! S2

Um comentário:

Anônimo disse...

adoro o seu blog :*