Cielo planeja férias e já projeta tempo para garantir bi olímpico em Londres
Campeão em Pequim encerra nesta sexta cansativa maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em busca do quarto ouro nos 4x100m medley
Perto de encerrar sua maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Cesar Cielo não vê a hora de aproveitar as merecidas férias. O campeão olímpico, que nesta quinta-feira faturou sua terceira medalha de ouro no México, terá apenas treinos mais “descontraídos” e "técnicos" até o fim do ano. Mas, quando começar 2012, todas as suas energias serão gastas pensando nas Olimpíadas de Londres.- Faltam alguns detalhezinhos para acertar, que na verdade custam bastante nos 50m livre. Agora é pensar em nadar nas Olimpíadas em 21s30. Acho que seria o objetivo para conseguir o bi olímpico. Com certeza, 21s30 é medalha. Mas tem que fazer lá na hora – disse Cielo, que afirmou em seguida que pretende repetir o tempo do seu recorde mundial (20s91) nos Jogos de Londres-2012.
Em seu segundo Jogos Pan-Americanos, Cielo já conquistou três medalhas de ouro (50m e 100m livre e 4x100m livre) e ainda pode faturar o quarto no 4x100m medley, nesta sexta-feira. No Rio de Janeiro, em 2007, o campeão olímpico garantiu três ouros (50m e 100m livre e 4x100m livre) e uma prata (4x100m medley).
Depois do último desafio, Cielo só quer saber de descanso. No fim do ano, o nadador brasileiro pretende viajar de férias com a família.
- Agora é ficar longe das piscinas um pouquinho, descansar e voltar a tempo de não dar vexame no Open. Até o fim do ano, a gente vai tentar fazer as coisas que não consegue na temporada grande: bastante técnica, cuidar do meu joelho na fisioterapia e fazer um pouco mais do que a gente gosta, fazer um treino mais descontraído, mais legal. A gente deve voltar antes da virada do ano e aí começa a hora da verdade – disse Cielo.
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Antenados, Cielo e Albertinho gostam de testar novas tecnologias no treino
‘Tudo o que sai de novo a gente quer comprar’, afirma o campeão olímpico
Cesar Cielo não precisa de barco, tênis, bola, vara ou qualquer outro equipamento para ser o melhor do mundo. Ele cai na água e faz tempos que desafiam a realidade vestindo apenas uma bermudinha e uma touca. Mas engana-se quem pensa que por trás do campeão olímpico também não tem uma enorme parafernália. O principal nome da natação brasileira e seu técnico, aliás, adoram testar nos treinos os “brinquedinhos” novos que sempre pintam no mercado.- O Albertinho gosta mais de ‘brinquedos” do que os americanos. Tudo o que sai de novo a gente quer comprar. A gente testa e, se não dá certo, dá para alguém. Nós gostamos de experimentar bastante, desde um material como um pé de pato novo até um livro – contou Cielo.
Com a proibição do uso dos maiôs tecnológicos, no ano passado, a natação voltou ao ser um esporte que, teoricamente, que não precisa de muitos equipamentos modernos. As bermudas voltaram a ser vistas na piscina e, além dela, só mesmo os óculos e a touca acompanham o nadador durante as provas. Ainda assim, produtos modernos utilizados em treinamentos podem ajudar na evolução dos atletas.
- Quando vejo alguma coisa que pode ajudar em algo que já estava pensando, eu compro. Por exemplo, estou nadando de mão fechada para depois abrir a mão e sentir mais o apoio da água. Nos EUA, a gente viu um “hand pedal”. Ele tem uma bolha, que você passa e não pega água nenhuma. É melhor isso ou só fechando a mão resolve? Então, posso experimentar uma coisa dessas para saber. Eu gosto – disse o treinador.
Alguns equipamentos, no entanto, de tão criativos chegam a ser estranhos e engraçados. Mesmo para Albertinho, sempre antenado nas novidades, um aparelho usado pelos americanos nos Jogos de Guadalajara tem intrigado os técnicos.
- Hoje eu vi uma coisa estranha, que até agora não sei para que serve. A americana Elizabeth (Pelton) estava treinando costas e o treinandor estava com uma vara com uma espuma na ponta. E, toda vez que ela vinha com o braço, ele batia aquilo não mão dela. Foi assim os 50m inteiro, em todas as braçadas. Não sei se ele queria empurrar o braço dela mais para fora - comentou.
Mas não é qualquer nadador que gosta de ficar experimentando novos equipamentos. Um dos principais nomes da história da natação brasileira, Gustavo Borges não gostava de sair de sua rotina.
- Cielo é até bem tolerante. O Gustavo era aquela coisa quadrada. Você vinha com uma coisa nova, ele já fazia cara feira. O Cesar gosta. Mas também é aquela coisa: às vezes, você dá uma série de aquecimento e todo mundo gosta mas, se ele não nada bem, no outro dia já fala que não gostou muito. Eu comecei a fazer um trabalho unilateral, para trabalhar um braço, depois o outro. A primeira vez que ele fez não falou nada. Na segunda, falou que sentiu os órgãos mudarem de lugar – contou, às gargalhadas, Albertinho.
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