domingo, 19 de julho de 2009

CHOREI, ARREPIEI, RI...

Como diria o Rei RC... Muitas emoções... E tudo numa mesma entrevista!

O Lance!Net cololou no ar hoje uma SUPER-HIPER-ULTRA-MEGA entrevista com o SexyBack Fallen Angel (preciso parar com isso, antes que a Flávia brigue comigo! hihi).
A entrevista é isso tudo pelo tamanho e pela qualidade. Pena que o ser humano que a digitou (não deve ter diplona de jornalismo - #prontofalei), comeu palavras, digitou coisas erradas... Enfim... ONDE ESTÃO OS COPYDESKS?!

Vou inserir uns coments meus entre chaves, tá?! hehe

Cielo aposta na boa forma para quebrar tabu
Nadador busca o ouro em Roma e defende sunga para todos

Cesar Cielo está em grande forma. Na semana passada, durante o Campeonato Americano, em Indianapolis, ele deu uma mostra do que deve fazer no Mundial de Roma (ITA), cujas provas de natação começam dia 26 de julho. O campeão olímpico fez 21s14 nos 50m livre – melhor da carreira – e 47s69 nos 100m livre.

Mais rápido e mais maduro, Cielo tem meta ousada para Roma: vencer os 50m com recorde mundial e dar ao Brasil um ouro em Mundiais que não vem desde Ricardo Prado, que triunfou nos 400m medley, em 1982.

Nessa conversa exclusiva com o LANCENET!, por telefone, diretamente de Auburn (EUA), Cielo fala da confiança e da evolução física, sobre o maior rival, o francês Frederick Bousquet, e diz que cogita nadar de sunga.
– Tenho curiosidade em fazer isso em algum torneio – disse.
Confira o bate-papo.

Rafael: O Brasil tem um jejum de 15 anos em Mundiais de Natação em piscina longa. Desde Roma, em 1994, que o país não conquista medalha. Isso representa alguma coisa para você?
Na verdade, não. Lógico que quando vemos uma coisa dessa aumenta um pouco a responsabilidade.. Mas eu não vejo assim. Porque ao mesmo tempo em que estamos em jejum de medalha, estamos em jejum de medalhas de ouro desde o Ricardo Prado. Então eu estou encarando como encarei a Olimpíada. Vou para fazer o meu melhor. E o meu melhor, eu espero, seja o bastante para uma medalha de ouro. Independentemente de quebrar tabu de medalhas ou não, quero seguir a linha que tinha na Olimpíada.

Rafael: Você está classificado para nadar os 50m borboleta. Vai disputá-los?
Não, eu desisti porque cai no mesmo dia do revezamento. E aí, duas provas, não seria muito bom. Também acho que o revezamento tem uma chance bacana de entre os cinco melhores do mundial

Paulo: Em seu blog, você comparou seus tempos de 2008 e 2009. Ambos em relação às principais competições: em 2008, a Olimpíada; neste ano, o Mundial. Sua conclusão é de que está melhor. A quê credita isso, preparação ou amadurecimento?
Principalmente o lance de eu ter dado uma amadurecida foi importante. Hoje eu encaro uma derrota ou um resultado não muito agradável de uma forma diferente de como eu encarava no ano passado. Em 2008, havia vezes que eu nadava mal no treino e ficava dois dias sem falar com ninguém, ficava puto da vida. Isso acabou afetando a preparação do ano passado. Este ano, tendo o Bousquet (Frederick, recordista dos 50m livre) do meu lado ajudou. Quando eu digo que estou bem, é porque estou bem e consigo vencer meu maior adversário, que nada ao meu lado. É bom ter um parâmetro bom como é o Bousquet, o Bovell, o Targett. Além do amadurecimento, cito o ganho de estrutura corporal. Agora parei de crescer. Meu pai é médico, e todos os anos tirávamos raio-x do punho para ver se estava aberto, se estava crescendo. Esse ano eu realmente parei de crescer, estava tudo fechado. Então peguei pesado na musculação mesmo. Dei uma boa aumentada no meu peso. E consegui transferir isso para a água. Porque tem muita gente que não consegue. Que aumenta o peso, mas não necessariamente consegue transferir para a piscina. No Maria Lenk já foi uma competição em que não esperava nadar tão rápido e nadei. Devo sim à força e ao amadurecimento que consegui nesse último semestre.

Paulo: Levantar peso. Quanto a mais? O que mudou?
A gente faz muito levantamento de peso. Aquele levantamento olímpico. O arremesso, o arranco. Cheguei a fazer com 90kg, sofrendo. Nesta temporada, sofrendo, cheguei a 110kg. Teve bastante aparelho que aconteceu isso, aumentando 15kg ou 20kg cada um, em relação ao mesmo período da temporada passada. Estou suportando um pouquinho isso. Consegui malhar pesado e manter o nível de trienamento que sempre mantive. No fim, melhorei minha técnica de nado e fiquei bem mais forte.

Paulo: Essa parte extra-água envolve outras coisas, como pilates?
Não, eu não faço pilates.. Mas o pessoal aqui faz bastante, sim. O lance de cardio, pilates é mais para o pessoal do fundo, que não levanta muito peso. O pessoal da velocidade é musculação pura. É pegar barra, levantar, bastante biometria, para tentar transferir o peso, abdominal a gente faz direto, uns 250 a 300 por dia. A nataçao, com esses maios, mudou um pouquinho a posição do nado. Foi para o centro do corpo, então essa região deve estar bem mais forte.

Rafael: Quanto é sua medida oficial agora?
1,95m.

Rafael: O fato de parar de crescer vai te ajudar daqui para frente?
Eu acho que sim. Na verdade, eu tenho uma ideia na cabeça, que às vezes penso e tento jogar fora porque me empolga demais. Eu penso que se no ano passado eu estava longe do meu pico de força, longe de um psicológico bom, que um Popov ou um Phelps tem, e consegui ganhar uma final olímpica, daqui para frente tenho apenas a melhorar e ficar mais forte. Tenho que daqui a uns quatro anos, melhorar a minha força, e assim, melhorar as minhas marcas.

Paulo: Mais forte, técnicamente melhor, mais rápido. Quantos porcento você está melhor?
Nunca pensei em porcentagem (risos). Mas acho que eu to mais eficiente. Minha puxada consegue com menos braçada. Eu nado com uma ou duas braçadas a menos do que antes e estou com menos gordura corporal. Sinto que estou mais em forma, também. Eu diria que o Cesão do ano passado tomaria um toco do Cesão deste ano. Sinto que minha saída melhorou bastante. Em porcentagem é difícil falar. Mas, usando o mesmo maio, que usei na Olimpíada, eu sinto que em relação à Olimpíada posso abaixar meu tempo em uns 30 ou 40 centésimos. Se eu colocar um maiô inteiro de borracha, aí tem mais para baixar ainda. {huahuahua - imaginem uma disputa entre o Cesão 2008 e o 2009, #DESISTODAVIDA}

Rafael: Isso vale para as duas provas: 50m livre e 100m livre?
Nos 100m é uma prova que eu gosto de nadar, mas é difícil visualizar tempo. Eu me concentro bastante nos 50m, e acho que os 100m melhora de forma natural. Eu vou acabar tendo uma passagem um pouco mais relaxada, mas o que vai ser mais rápido, e pode me ajudar, é a volta. Mas, nos 100m, não tenho um objetivo tão certo como tenho nos 50m. Em relação à colocação, o objetivo é ficar entre os 100m.

Paulo: Com status de campeão olímpico, você se sente favorito?
Na verdade, não. Isso nunca aconteceu e não vai acontecer agora. Nunca cheguei à competição achando que estou melhor do que alguém ou subestimando meu adversário, achando que sou o dono da vez. Esse é um lado bom meu. Bom, não, porque sempre coloco alguns nadadores como melhores do que eu. A ideia e sempre melhorar, e espero que a melhora que eu tenha seja suficiente para ganhar. Sempre tenho um tempo na minha cabeça que quero fazer. Em momento algum vou subestimar alguém ou descartar a possibilidade de alguém nadar muito rápido. {QUE ATAQUE DE HUMILDADE É ESSE?! haha}

Rafael: Você é uma cara muito auto-confiante. Prova é que na Olimpíada você saiu da piscina, ao ser bronze nos 100m, dizendo que ia ganhar os 50m. Isso é coisa natural sua, de sua personalidade, ou adquiriu isso? Não acha que falta um pouco de auto-confiança para o atleta brasileiro, em geral?
Eu acho que falta isso ao atleta brasileiro, sim. Tem gente que arruma desculpa antes de nadar. Por exemplo, com o lance do maiô, agora, tem um pessoal falando que não terá maiô e já vai para a baliza perdendo. É uma situação um pouco difícil. Mas o grupo da natação vejo que é muito confiante. O Felipe França, por exemplo, em uma final de Mundial, eu colocaria as fichas nele sem dúvida, porque sei que quando a pressão bater ele vai conseguir tirar. Mas alguns não funcionam desse jeito. Tudo é experiência, é o lance de aprender. Eu espero que, de alguma forma, as minhas participações estejam ajudando o pessoal da natação e do esporte brasileiro.. A gente sempre tem seletivas muito fortes e não consegue repetir os resultados no campeonato principal. Então espero que agora a gente mude um pouco essa imagem e consiga um desempenho bom no Mundial.
Em relação à minha cabeça, acho que quando estou bem, estou bem. Não tem meio termo. Foi a mesma coisa no NCAA do ano passado. Escrevi um papel e dei para o Brett (Hawke, técnico). Falei: "depois da prova, pode abrir que esse é o tempo". Acabei errando por três centésimos. Então, se eu desse um papel para qualquer um da arquibancada escrito 18.4 e 40.9, o cara ia achar que eu estava louco. Mas eu conheço muito bem meu corpo. E quando sinto que estou bem, posso falar, posso fazer o que quiser que eu sei qual é o resultado no final. Mas quando estou mal fico na minha, pois sei que não estou controlando muito bem o resultado.
{entrega pra sua mãe que depois ela me conta... hoho}

Paulo: Você trocou o tempo do papel depois do recorde do Bousquet? Ou permanece o mesmo, porque era melhor do que os 20s94?
Na verdade, eu troquei depois de nadar o Maria Lenk. A seletiva francesa foi algumas semanas antes do Maria Lenk, mas não tinha trocado ainda porque era abaixo do recorde mundial que o Fred fez. Aí depois do Maria Lenk, quando fiz 21s33, lembro-me até que o Brett chegou e disse para mudarmos o objetivo. Nem fui eu sozinho que pensei em mudar. O Bretta também achou, acabei abaixando um pouco mais. Pelo menos na minha cabeça ele é bem possível de ser feito. Estou apenas esperando essa seletiva americana para testar o maiô novo da Arena. E se maiô encaixar direitinho na seletiva, acho que o tempo que quero fazer está possível e é bem abaixo do atual recorde mundial, sim. {Chamo a Copélia, né?! Que tempo é esse que ele quer fazer?! SOCORRO!!!!}

Paulo: Se fosse para definir em uma palavra, como será esse recorde: assustador, histórico?
Eu acho que não tem mais nada assustador na natação. A gente vê uns tempos tão loucos que tempo muito forte virou sinônimo de palhaçada ou performance muito forte do maiô. Se não é um atleta como o Peirsol ou o Phelps, todos já acham que é o maiô. O que eu diria do meu tempo? Acho que não é tão assustador porque eu me acostumei com ele. Mas eu diria que é muito rápido. O pessoal não está esperando por um tempo como esse, não. {acho bom ele dar uma olhada no orkut... o pessoal tá apostando bem!!}

Rafael: No Mundial, você vai fazer algo parecido com o que fez com o Brett?
Aí vai depender mais do momento. No NCAA, eu sabia que ia fazer. Na Olimpíada, eu não fiz porque estava concentrado na melhor prova possível independentemente do tempo. Então, eu não sei. Depende do momento. Se eu entregar um papelzinho para alguém, é porque coisa boa tá vindo.

Rafael: Você vai nadar com maiô novo. Qual é a diferença em relação ao outro?
Isso, o X-Glide. Mas a gente acabou modificando algumas coisas porque a Fina não aceitou o X-Glide original, que o Bernard bateu 46s.

Paulo: A questão do traje acaba tirando o foco ou desmerecendo o nadador?
Para mim, não. Foi até engraçado que uma vez eu estava lendo esses blogs em que os nicknames são inventados, e alguém comentou que se os Jaked fossem proibidos, os únicos recordes sul-americanos válidos seriam os meus. Eu acho que não. Não é uma situação boa para a natação, eu acho que a coisa fugiu do controle, sim. Do jeito que está, não para continuar. Esperamos que a Fina resolva logo essa situação, porque não querendo tirar o mérito dos atletas que nadaram rápido, sabemos que muitos deles não eram para ter feito os tempos que fizeram, não.

Rafael: Você cogita nadar de sunga? Em alguma competição menor, por exemplo? Eu acho que sim. Tenho curiosidade em fazer isso, sim. Na verdade, eu até brinquei com a minha mãe que no Mundial talvez eu aparecesse de sunguinha vermelha. Mas minha ideia era nadar abaixo do recorde do Popov (21s64), nadar abaixo disso, de sunguinha. Mas, de verdade, se eu colocar a sunga não dá nem para chegar entre os três primeiros. Poderia até nadar abaixo do tempo do Popov, mas quem garante que os outros não seriam mais rápidos também? Enquanto todos não se unirem, acabar tendo uma unificação, o mesmo material, não há como comparar nada. O Mundial também é lance para o futuro: entra patrocínio, coisa que poderia acabar jogando fora para tentar mostrar para o pessoal. Pode ser um protesto sem continuidade nenhuma. {nada de sunga na Copa do Mundo... ACHO QUE AS CARIOCAS VÃO AMAR! \o/}

Rafael: Você aprovaria uma volta da sunga para todos?
Eu aprovaria, porque acho que deve-se dar mérito para quem nada rápido. É difícil para os nadadores que estão nadando rápido. Eu nem sei se cada um sabe o quanto pode fazer. É difícil medir, porque não há parâmetro, e isso vai influenciar bastante na natação. Até o lance do preço dos maiôs acaba excluindo boa parte dos praticantes. Eu quando tinha 13 ou 14 anos, ficava comparando meus tempos com os do Gustavo, os do Pieter. O tempo todo. E eu sabia que eu estava de sunguinha, como eles, ou no máximo um fastskin. Hoje, não é assim. Comparar os tempos com os ídolos é importante para a molecada.

Paulo: Em relação a meta de carreira. Você chegou ao auge, com 21 anos. O que espera daqui para frente? Pensa em trocar de provas?
Não penso, não. Os 50m é o que é. Quem nada 50m livre não quer trocar. Um balizamento de 400m ou 1500m e um dos 50m são totalmente diferentes. O clima da prova, do balizamento, é outro. É a prova que gosto mais de nadar, que me dá mais confiança. O pré-prova é o que mais me motiva a querer melhorar. Eu quero estar lá, de novo, um olhando para o outro com cara feia, e eu saber que estou bem e posso ganhar de todos. Com relação a carreira,não tenho objetivo a querer bater tantos recordes mundiais ou querer ser o cara mais rápido da história por algum tempo. Quero olhar para trás e saber que achei meu limite ou fui o mais longe que podia ir.

Paulo: O fato de não ter um recorde mundial, mas ter um ouro olímpico, incomoda?
Não. Penso sempre no que aconteceu com o Felipe França. O recorde mundial pode cair em qualquer lugar. No caso do França, caiu no Maria Lenk. Pode cair num campeonato paulista. Tenho pelo menos mais dez anos para buscá-lo em uma competição. Mas eu sempre vou me preparar para a competição mais importante, como é esse mundial agora. Estou preparado para nadar mais rápido do que o recorde mundial, mas não sei o que vai acontecer, de verdade. O mais importante é ganhar. Sempre miro bater na frente. Se for recorde mundial, excelente, mas a ideia é dar o melhor na competição.

Rafael: Em uma entrevista no ano passado, você previu quem estaria nas raias ao lado na final olímpica dos 50m livre. E quase acertou tudo. Já previu para Roma?
Eu ainda não pensei nisso. Na temporada passada, era uma chuva. Recorde atrás de recorde. Neste ano, o único que nadou realmente rápido foi o Frederick Bousquet. Eu sinto que o adversário de peso é só o Bousquet. Independentemente da raia que eu ou ele cair, sei que na final ele deve ser o maior adversário. Mas também sei, como treino com ele todo dia, que pressão é muito bom para ele. Independentemente da raia, o que tenho na minha cabeça é que preciso fazer final. Eu estando na final na raia 1 na raia 8, tudo bem. Pelo que vimos na temporada até agora, dos três que fizeram pódio na olimpíada vai mudar bastante. Pelo menos não o número 1. {o nº 1 é seu forever, Cesão!!! FATO}

Paulo: Você considera seu maior rival, hoje. Mas, em 2008, esse cara era o Sullivan. Por ele ter sofrido uma lesão, ele não está no melhor da forma, mas ele é carta fora do baralho?
Em momento algum. Não descarto ninguém. Mas, ao mesmo tempo, também, é um cara que ao conversar sobre os tempos dele, hoje, não fico preocupado. Pode chegar bem, ir a uma boa colocação.

Rafael: No ano passado, por conta dos treinos, você dizia que nem pensava em namorada. Isso até constava de acordo com sua universidade. Hoje isso continua? Continuo sim. Não pelo lance de atrapalhar, nem nada. É porque não apareceu ninguém. E meu foco hoje está todo na natação. No momento não procuro nenhum envolvimento.

Paulo: Sua rotina mudou, até porque hoje você não defende mais a Universidade de Auburn?
Mudou bastante, sim. E é bom, viu. O NCAA é uma competição muito bacana, e competir em jardas é muito bom, mas eu ficar fora do time me fez sentir uma diferença grande. Aqui nos EUA, o pessoal que vira profissional ganha um respeito de quem ainda é do NCAA porque parece que a coisa realmente fica séria. Não é mais natação universitária, por brincadeira. Na minha cabeça, tive a natação como meu trabalho aqui.

Paulo: Antes de você voltar para Auburn, houve especulação de que você iria treinar na Itália. Hoje Auburn é seu proto seguro?
Eu gostei muito do que fiz no ano passado, de voltar para o Brasil e passar o segundo semestre. Mas, ao mesmo tempo, eu sei que posso vir sempre para Auburn e confiar no trabalho para conseguir bons resultados. Não parei para pensar. Este é um dos meus pontos fracos. Não sou bom planejando o futuro após competições importantes. Depois da Olimpíada eu não sabia o que ia acontecer, mesmo. Eu só sabia que queria ficar no Brasil, mas nada em relação a que data ia voltar a treinar. Nesse Mundial, é a mesma coisa. Estou focado no Mundial e só depois verei o que pode acontecer. A gente não tem competição importante até dezembro de 2010, quando acontece o Mundial de piscina curta, e aí terei muito tempo para pensar no que fazer. O bom é saber que a opção de Auburn está sempre em aberto.

Rafael: Você deve voltar para o Brasil neste segundo semestre, então?
Isso, vou fazer o mesmo que fiz depois da Olimpíada. {\o/ É nóis, Queiróis!!!!!!}

Rafael: Você ainda está estudando?
Não estou. Na verdade, nesse semestre me foquei em treinar para o Mundial e deixar os estudos até essa janela de tempo que terei até o Mundial de curta, em 2010. Não tenho pressa de terminar a faculdade. A natação é prioridade.

Rafael: Acha que foi bom encerrar a parceria com o Xuxa?
Eu ainda não pensei nisso. A parceria se encerrou apenas do lado profissional mesmo. A gente ainda mantém contato. Lógico que muito menor, mas no fim das contas. Olha, é difícil essa resposta (risos). Não foi uma situação pela qual eu queria estar passando, porque sempre o tive como ídolo e amigo, mas no fim das contas foi bom. Estou tocando minha carreira com minha mãe e um pessoal no Brasil, e ele está cuidando da Ed Hard. Deu certo para todo mundo. {Flávia RULES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!}

Rafael: Ainda está em busca de patrocinador?
Querer, todos querem. Mas pegar e bancar o patrocinado, ninguém quer. Ainda estou com os mesmos patrocínios do semestre passado (Correios, Arena e Pinheiros). O lance do clube italiano ainda está em pé, embora eu ainda não tenha tirado passaporte italiano. O convite deles está em pé. Poderia ser uma outra renda. Mas o que eu queria mesmo era ter uma empresa brasileira. Uma empresa do Brasil que me ajudasse. Não apareceu ainda, mas estou fazendo a minha parte. Até a Olimpíada, meus pais que bancaram, sempre. Depois de Pequim, consegui alguns patrocínios. Pelo menos para mim levo do jeito que sempre levei. Estou ganhando um pouco mais do que no ano passado. Mas está faltando uma empresa, sim, do Brasil. {Olha... se vc quiser, a exportadora de café do meu pai... EU O CONVENÇO!!!! huahua}

Paulo: Você vai ter cidadania italiana, então? E esse clube italiano, seria como é sua relação com o Pinheiros?
Está em andamento. Minha que sabe as informações, está que está por dentro. O clube é o mesmo lance do Pinheiros. Independentemente de onde treinar, teria contrato para disputar competições por ele, e faria contrato em torno dessas condições.

Rafael: Qual clube é?
Um clube se manifestou quando fui participar do Grand Prix Italiano de 2007. Depois, quando outros clubes souberam do interesse, vieram atrás também. O técnico da Fabíola Molina, Andre di Nino, é quem está vendo isso.

Paulo: Tem feito muitas matérias com você. O assédio internacional cresceu? Pelo menos essa é a impressão que temos.
Teve sim. Foi bacana essa volta para Auburn. Mesmo antes da Olimpíada, quando havia conquistado os recordes do NCAA, principalmente aqui no Alabama fui considerado o atleta do estado. Sempre tinha jornal de Auburn, jornal de cidades vizinhas que acabavam vindo para cá. Houve uma frequência boa de repórteres, comparando com outros anos. Até o lance da Arena querer um pouco de divulgação comigo. No Mare Nostrum, fiz sete ou oito entrevistas, mais um ensaio fotógrafico. Aumentou sim, e eu acho que é uma frequência bacana. Mas os americanos desde o NCAA sempre procuram a gente.

Paulo: A vida de celebridade é complicada ou dá para levar numa boa?
Aqui não é como em outro lugar. É diferente. O pessoal trata direrente. De vez em quando rola uma brincadeirinha por causa das câmeras na piscina. Mas é o que eles estão buscando. Pelo menos com o time de Auburn é bacana quando tem câmera.

Paulo: Essa coisa de o Phelps popularizar a natação nos EUA surtiu efeito aí? Mais pessoas estão interessadas?
Principalmente em relação ao conhecimento. Todos perguntam que prova nada, se de velocidade ou fundo. O conhecimento melhorou bastante. Se falar nartação, a plavra Phelps vem junto. Foi engraçado na imigração, certa vez. O oficial perguntou o que eu estava fazendo nos EUA. Respondi que treinava para o Mundial. Ele olhou bem para mim e lançou: "mas você acha que vai ganhar do Michael Phelps?". Tem esse tipo de brincadeira toda hora. E o Phelps aumentou sim, bastante, a popularidade da natação. A mídia veio junto e está cada vez melhor. O lance dos maiôs trouxe destaque, embora algum negativo. {ganhar do Phelps?! não... IMAGINA! Ele nem consegue... hahahahaha}

Paulo: Você acredita que possa estar exercendo um "efeito Phelps", na sua pessoa, no Brasil?
Acho que o principal não foi a medalha olímpica. Foi a sequência de medalhas da natação. Começou no Pan, com o Thiago e as medalahs dele. Aí veio a Olimpíada. Agora teve o recorde mundial do França. Tem o Mundial de Roma, onde teremos várias chances de medalha.

Rafael: O fato de o Felipe França ter batido o recorde mundial te ajuda na questão do assédio? A dividir um pouco o holofote?
Acho que ajuda, sim. É bom ter uma distribuição da mídia. Eu sei que depois do pan o thiago ficou numa correria gigante de entrevista, de compromisso. Depois da Olimpíada eu senti isso, tb. Acho que isso é importante para a natação, é bom ter um grupo forte, com vários atletas para ganhar medalha. Eu estou vendo por um lado super positivo, até porque o França é um dos melhores amigos que eu tenho. Crescemos praticamente juntos, e já brincávamos um com o outro sobre recorde mundial, medalha olímpica. E hoje, se a gente parar para conversar, vamos ver que temos duas medalhas olímpicas e um recorde mundial. {"Ah, que gracinha!!!"}

Deixo pra vocês comentarem o resto... hehe

Beijocas Celestes!!!!

Fotinho só pra ilustrar... Enviada pela Ká!!
As asas do SexyBack Fallen Angel... 2,10m de asas... AI MEU PAI...

11 comentários:

Marcello Maia disse...

Excelente entrevista!

Cesão é o CARA!

Torço muito por ele! Que fique muito tempo como numero 1!

Unknown disse...

quem é q sempre fala isso pra vc, hein?!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Karinny disse...

Gente essa matéria não tinha saído ainda qdo fiz o vídeo pro Cesão, mas num casou direitinho com oq ele disse aqui a parte final do vídeo "The Enemy"???

"(...)Pelo que vimos na temporada até agora, dos três que fizeram pódio na olimpíada vai mudar bastante. PELO MENOS NÃO O NÚMERO 1."

Claro que não, Cesão estará no TOPO!!!

Fiquei loca qdo li essa entrevista, caramba muito boa meeeesmo, muito completa!!! Parabéns ao Lance, agora como observou Paty, q tapado foi esse q digitou isso?? Ninguém merece!!!

Mariah Lima disse...

Completíssima!
Muito boa mesmo

Muito linda a parte que o Cesao falou do Felipe *-*

Geeeenteee uma semanaaaaaa
Suuuper ansiosa :D

Déa disse...

"Eu diria que o Cesão do ano passado tomaria um toco do Cesão deste ano" Huahuhauhauahauhauahuhua
Só o Cesão mesmo!
hahha
Muitoo boa a entrevista.
Cesão, como sempre, exemplo de humildade e confiança, conseguindo unir duas qualidades que as vezes se contrastam,mas que nele só ressalta o ladoo bom da coisaa, que é ser exemplo para atletas e todos aqueles com objetivos, ideais de vida!(adorooooo!)

BEIJOS..

Viviane disse...

Perfeita a entrevista, amei, amei, morri ♥ Parabéns, o FC cada dia fica mais perfeito ♥

Paulo disse...

Oi pessoal, boa tarde.
Meu nome é Paulo Roberto Conde, sou um dos autores da entrevista com o Cesão para o LANCE!. Sou seguidor do FC, agradeço pelos elogios e aproveito para pedir desculpa pelos erros. Por conta de uma falha da edição, a matéria que foi ao ar continha a edição bruta da entrevista. Eu já troquei, fiz correções devidas, e a que está no ar aparece sem tais erros.

Forte abraço a todos e vamos Cesão!
Paulo

Karinny disse...

OMG morri agora!!!
O povo ler as locuras q escrevemos kkkkkkkkkkkkk

Ai Paulo parabéns pela matéria, olha vcs perguntaram tudo oq nós tinhamos curiosidade em saber.
Parabéns, e desculpa aê pelo tapado heim, foi com carinho :D hohohoho

Karinny disse...

Nem comentei antes, mas sempre pensei o pq do Cielo não ter passaporte europeu por sua descendencia italiana, mas agora já sei q andam movendo os papéis para isso.

E sobre "D. Flávia rules", ela é geminiana, deve ter ascendente em touro, portanto, é tipo, "se é pra fazer, tem que fazer direito, então manda pra cá que eu faço, eu assumo a responsabilidade." Esse signo com esse ascendente é assim, fica só observando de fora, ai num gosta do q tá vendo entra no jogo e toma para si a obrigação.

Adooooro!!! É que nem uma pessoa q eu conheço :D hohohohohoho

Unknown disse...

olha, Ká... eu naõ sou geminiana, nem tenho ascendente em touro... mas eu sou EXATAMENTE assim... hoho