César Cielo adia os planos para o futuro e só pensa em ‘bater primeiro’ no Mundial
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, brasileiro cogita a possibilidade de abandonar os treinos nos Estados Unidos e ficar no Brasil após Roma
Lydia GismondiDireto de Roma
Quando pular na piscina neste domingo, em Roma, César Cielo levará com ele para dentro d'água um status bem diferente do que tinha antes dos Jogos de Pequim. Campeão olímpico nos 50m livre, o brasileiro chega ao Mundial de Roma como a maior esperança de ouro do Brasil. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o nadador afirmou que, apesar de ter tempos melhores que os do ano passado, não é hora de comparações. Tempos à parte, ele só tem um plano para os próximos dias: “bater em primeiro”. Cielo revela ainda que, quando acabar o Mundial, voltará ao Brasil e, só então, vai decidir se volta a treinar nos Estados Unidos.
GLOBOESPORTE.COM: Esta é a sua primeira vez em Roma? O que está achando das instalações do Mundial?
César Cielo: Já estive na Itália cinco vezes, mas essa é a minha primeira vez aqui. Estou achando bacana o parque aquático, só o lance de transporte dos atletas é que poderia estar melhor. Às vezes as pessoas saem entrando na nossa frente, meio sem critério. E o calor também está pegando.
Na seletiva americana, no início do mês, você provou que está em boa fase. O que espera dessa competição? Como se sente em relação a Pequim?
Você está no mesmo hotel de seus rivais franceses (Alain Bernard e Frederick Bousquet). Já se esbarraram por lá?
Depois do ouro em Pequim, se for campeão no Mundial também, pensa em criar novos desafios como fez Michael Phelps?
Mas você pensa no futuro testar outras provas além dos 50 e 100m livre?
Acho que nunca sairia muito da velocidade. Nos 50m borboleta, talvez me daria melhor. É a que costumo ser mais rápido. Mas nunca parei para pensar em disputar outras provas.
E depois do Mundial? Quais são seus planos?
O que te deixa na dúvida em treinar nos Estados Unidos ou no Brasil?
O lance é que até agora o lugar que eu sinto mais confiança para buscar os resultados é nos Estados Unidos. Lá eu sei que, no fim, tudo vai dar certo. Tudo é muito certinho. No Brasil, eu teria muita distração. É mais difícil concentrar em São Paulo, mas é claro que é possível treinar bem lá. Felipe França é uma prova disso. Virou recordista mundial treinando no Pinheiros.
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