quarta-feira, 20 de maio de 2009

MENOS UMA PREOCUPAÇÃO...

Graças ao rasgo do seu X Glide no primeiro dia do TML, Cesão já havia se decidido por nadar com o Evolution no Mundial.

Como ele foi um dos aprovados pela FINA, pra ele não muda muita coisa (ou nada, né?!).

FINA ACABA COM FARRA DOS MAIÔS
Entidade reprova modelos usados nos recordes mundiais de França, Bernard e Bousquet

Três recordes mundiais das piscinas, um deles brasileiro, estão prestes a naufragar. A Federação Internacional de Natação (Fina) divulgou ontem a lista de maiôs aprovados para competições, da qual foram excluídos os modelos Arena X-Glide e Jaked 01. O primeiro foi usado pelo francês Alain Bernard, mês passado, na quebra da marca dos 100m livre (46s94), e por César Cielo, durante o Troféu Maria Lenk. Já o segundo garantiu a Frederik Bousquet (20s94) o recorde dos 50m livre, no Campeonato Francês de Natação, e o dos 50m peito (26s89) a Felipe França, no parque aquático carioca.

Para chegar a uma lista com 202 trajes aprovados, dez reprovados e outros 136 com necessidade de modificações para cumprir o regulamento da entidade, no que diz respeito a flutuabilidade, a Fina enviou exemplares de todos os maiôs (348 modelos de 21 fabricantes) para análise no Instituto de Tecnologia e Ciência, da Suíça. Curiosamente, o LZR-Racer, da Speedo, desenvolvido pela Nasa, usado em 27 quebras de recorde mundial, e que foi uma das sensações nas Olimpíadas de Pequim2008, está na lista dos aprovados pela entidade. Nos últimos 15 meses, 126 recordes mundiais foram batidos com auxílio de maiôs, desencadeando uma guerra tecnológica entre empresas e uma corrida entre nadadores para adquiri-los.

No Troféu Maria Lenk, por exemplo, modelos da Jaked e da Arena eram negociados por cerca de R$ 1.300.

No caso de Cielo, que nadou com o X-Glide rasgado no Maria Lenk, o veto pode não ser tão prejudicial, já que o outro maiô que ele próprio ajudou a desenvolver, o Arena Evolution, foi aprovado.

— Para mim, não mudou nada — afirmou o brasileiro. — Já tinha decidido que iria mesmo usar o Evolution no Mundial.

Sobre as marcas alcançadas com maiôs reprovados, Cielo comentou: — Não acho que a Fina deva apagar essas marcas porque foram feitas de fato. Podem até não ser reconhecidas como recordes, mas devem se manter, como acontece no revezamento 4x50m livre (que não homologa recorde mundial por não ser uma prova olímpica).

Modelos receberão etiqueta em Roma
As marcas notificadas têm, agora, 30 dias para executar as mudanças exigidas, sendo que apenas foram divulgados pela Fina os modelos e os fabricantes aprovados para o Mundial de Roma, entre 26 julho e 2 agosto. Pressionada, a federação também anunciou que a autorização das peças aprovadas expira no dia 31 de dezembro. A medida seria uma forma de evitar ações judiciais de fabricantes. Também foi anunciado que, a partir de 2010, só serão aprovados maiôs com, no máximo, 50% de material impermeável.

A tendência é que os recordes sejam anulados e uma nova reunião do comitê executivo da Fina, no mês que vem, decidirá a questão. É certo que, no Mundial de Roma, todos os maiôs usados pelos nadadores terão de passar por inspeção. Só poderão ser usados os que tiverem etiqueta de aprovação.

Os maiôs que foram proibidos
Os maiôs Jaked 01 e X-Glide (utilizado por César Cielo) têm o mesmo objetivo: diminuir o atrito com a água e aumentar a velocidade dos nadadores. Os trajes foram rejeitados pela Federação Internacional de Natação (Fina)

MAIÔ ESPACIAL Lançado este ano, o maiô LZR-Racer – da Speedo – causou polêmica. Desenvolvido com tecnologia da Nasa, a Agencia Aeroespacial Americana, foi usado por nadadores em 27 quebras de recorde mundial. Como não são todos os fornecedores de material esportivo que detêm essa tecnologia e cada traje custa 600 euros, houve discussão, mas a Fina liberou o uso do maiô

COMO FUNCIONA Para vencer a força da água, o atleta usa a hidrodinâmica: a forma do corpo do nadador e também do movimento que ele executa são fundamentais para ganhar velocidade. O novo traje tira proveito disso, melhorando a performance

Mais leve que os maiôs adotados nos anos 90, age como um teflon, repelindo a água. O material também reduz a oscilação muscular e a vibração da pele, comuns na atividade física

Para ser veloz, o atleta precisa mover braços e pernas mantendoos próximos ao corpo, num desenho tubular, diminuindo a área de atrito com a água

O LZR-Racer é feito de um denso tecido de nylon que mantém o corpo numa forma hidrodinâmica

O atleta leva 20 minutos para vestir o traje, que mais parece uma armadura, fechada por um zíper que segue o conceito usado nas costuras

Painéis de poliuretano mantém partes estratégicas do corpo numa forma que favorece o nado em velocidade e reduz o atrito

O traje foi projetado segundo um modelo tridimensional, e não conforme um molde bidimensional, comum para roupas

Costurado por um processo ultrassônico, o maiô é uma peça única, sem sobressaltos que possam prejudicar o movimento

Fecho Localizados na parte interna, o fecho não fica para fora e diminui ainda mais o atrito com a água

Um centro de estabilização interno mantém o quadril baixo e deixa o atleta numa forma tubular, aumentando a velocidade e fazendo-o nadar por mais tempo com menor esforço

FONTE: Swim It Up! reproduzindo matéria d'O Globo Online

Beijocas Celestes - morrendo de preguiça da aula...

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