Depois de ficar com o bronze nos 50m livre na sexta-feira, César Cielo conseguiu a redenção e conquistou a medalha de ouro nos 100m livre no Mundial em piscina curta de Doha, no Catar, com tempo de 45s75, e se tornou bicampeão mundial na categoria. O francês Florent Manaudou ficou com a prata (45.81) e o russo Danila Izotov com o bronze (46.09), enquanto o brasileiro João de Lucca terminou a prova em sétimo lugar. Questionado sobre a conquista o faz esquecer da derrota de sexta, Cielo falou da importância de aprender com os erros. “Olha, esquecer não, tem que aprender. Esporte é assim mesmo, um dia você ganha e no outro perde. O mais importante é fazer o seu melhor o tempo todo. Toda vez que você bater a mão na borda, saber que o seu melhor ficou na piscina. Fiquei decepcionado de saber que não fiz o que podia ter feito [na sexta]. Por algum motivo, pelo treinamento que a gente faz, [fazer esse tempo] tá muito fácil”, disse o nadador. Até o último segundo, a disputa com Manaudou foi acirradíssima, mas Cielo levou a melhor. “No final foi briga de cachorro, mas acho que eu queria mais. Queria um pouco mais que ele”, comentou. O nadador ficou a 0s1 de quebrar seu próprio recorde sul-americano (45s74). O recorde mundial pertence ao francês Amaury Leveaux (44s94), conquistado em Rijeka em 2008. Cielo ainda pode subir ao lugar mais algo do pódio mais de uma vez neste domingo, já que disputa a decisão do 4x100m medley masculino ao lado de Marcos Macedo (borboleta), Guilherme Guido (costas) e Felipe França (peito).
SONOTICIA
Cielo leva 'susto' ao saber de vitória brasileira durante entrevista
Nadador era entrevistado após prova de revezamento e pareceu não acreditar que Brasil era líder do quadro de medalhas - e não poderia ser alcançado
A conquista do Mundial de natação de Doha pegou até mesmo nadador de surpresa. O Brasil liderou o quadro de medalhas, pela primeira vez na história do mundial de piscina curta, e já não poderia ser alcançado antes da última prova. Neste período, Cesar Cielo concedia entrevista e soube do fato inédito quando foi perguntado pelo repórter da organização.
“Se alguém te falasse antes do Mundial que o Brasil seria o campeão, você acreditaria?”, perguntou o repórter, provocando a reação inesperada de Cielo. “Nós ganhamos? Primeiro lugar? Eu não sabia disso...uau”, respondeu o nadador, depois de tentar conferir o placar e perguntar mais de uma vez se o jornalista tinha certeza.
“Espero que este seja o nosso primeiro passo para as Olimpíadas”, completou o nadador brasileiro, seguindo o raciocínio de sua resposta anterior, em que falava dos objetivos do time verde e amarelo para as Olimpíadas do Rio, em 2016.
“Essa nova geração é maravilhosa, estamos muito empolgados para ver o que podemos fazer nas Olimpíadas em casa”, havia dito.
Neste Mundial, o País conquistou 10 medalhas, sendo 7 de ouro, uma de prata e duas de bronze. Cesar Cielo, Felipe França e Etiene Medeiros foram os grandes destaques da vitória brasileira.
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Título do Brasil no Mundial de Doha empolga Cesar Cielo: 'Escrevemos nova página'
País terminou à frente no quadro de medalhas com 7 ouros, 1 prata e 2 bronzes
Sete medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze deram ao Brasil o título inédito do Campeonato Mundial de piscina curta, disputado de quarta-feira a domingo em Doha, no Catar. Um feito que deixou orgulhoso o campeão olímpico Cesar Cielo.
- A natação brasileira escreveu uma nova página. Esse Mundial é histórico e já se tornou um dos mais importantes para o esporte do país como um todo. Pela primeira vez vi a equipe com desejo real de vencer, coma atitude de campeã - disse Cielo, que se despediu de Doha com três ouros e dois bronzes.
O destaque absoluto do país - e do próprio Mundial - foi Felipe França, que conquistou nada menos do que cinco medalhas de ouro.
- Saio 100 por cento contente com o meu desempenho, todas as minhas metas foram atingidas e agora já vamos voltar pensando no Mundial em Piscina longa do ano que vem (em Kazan, na Rùssia). A natação está em um ótimo momento no Brasil e eu também estou - afirmou Felipe.
Outro nome que deve ser lembrado é o de Etiene Medeiros. Ela se tornou em Doha a primeira nadadora a conquistar uma medalha em Campeonatos Mundiais. E logo de ouro e com direito a recorde mundial, nos 50m costas, quando deixou para trás, inclusive, a húngara Katinka Hosszu, um dos fenômenos da atualidade.
- Pensei em todas as vezes que caí na água aqui em tudo o que treinei. Vejo a estrutura da natação brasileira para o feminino completamente diferente e muito boa. Mudanças não se fazem em um ou dois anos. Isso é fruto de um processo do qual um monte de gente fez parte - comentou Etiene, de 23 anos.
A evolução do Brasil de um Mundial de piscina curta para outro foi absurda. Em Istambul 2012, o país terminou com apenas duas medalhas (um ouro e um bronze), além de quatro recordes sul-americanos. Em Doha, além das dez medalhas, foram dois recordes mundiais, dois recordes de campeonato e 22 recordes sul-americanos.
Medalhas do Brasil em Doha
Ouro
4×50 medley - Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos e Cesar Cielo
- Pensei em todas as vezes que caí na água aqui em tudo o que treinei. Vejo a estrutura da natação brasileira para o feminino completamente diferente e muito boa. Mudanças não se fazem em um ou dois anos. Isso é fruto de um processo do qual um monte de gente fez parte - comentou Etiene, de 23 anos.
A evolução do Brasil de um Mundial de piscina curta para outro foi absurda. Em Istambul 2012, o país terminou com apenas duas medalhas (um ouro e um bronze), além de quatro recordes sul-americanos. Em Doha, além das dez medalhas, foram dois recordes mundiais, dois recordes de campeonato e 22 recordes sul-americanos.
Medalhas do Brasil em Doha
Ouro
4×50 medley - Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos e Cesar Cielo
100m peito masculino - Felipe França
50m costas feminino - 1º Etiene Medeiros
4x50m medley misto - Etiene Medeiros, Felipe França, Nicholas Santos e Larissa Oliveira
100m livre masculino - Cesar Cielo
50m peito masculino - 1º Felipe França
4x100m medley masculino - Guilherme Guido, Felipe França Silva, Marcos Macedo e Cesar Cielo
Prata
50m borboleta - Nicholas Santos
Bronze
50m livre Cesar Cielo
50m costas feminino - 1º Etiene Medeiros
4x50m medley misto - Etiene Medeiros, Felipe França, Nicholas Santos e Larissa Oliveira
100m livre masculino - Cesar Cielo
50m peito masculino - 1º Felipe França
4x100m medley masculino - Guilherme Guido, Felipe França Silva, Marcos Macedo e Cesar Cielo
Prata
50m borboleta - Nicholas Santos
Bronze
50m livre Cesar Cielo
4x50m livre misto - Cesar Cielo, João de Lucca, Etiene Medeiros e Larissa Oliveira
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Natação: Cesar Cielo minimiza peso de título do Brasil no Mundial, em Doha
Nesta segunda-feira, no desembarque da delegação em São Paulo, o nadador falou que não se deve dar a tamanha importância à competição
São Paulo, SP, 08 - Se o título geral do Brasil no Mundial de Piscina Curta de Doha (Catar) foi bastante comemorado pela comunidade aquática, como um grande feito para a modalidade, Cesar Cielo tratou de colocar os pingos nos 'is'. Nesta segunda-feira, no desembarque da delegação em São Paulo, o nadador tratou de minimizar o peso da conquista.
"Acho que a gente não tem que tentar fazer um Mundial de Curta mais do que é. São resultados obtidos em um campeonato isolado. É como se fosse o Mundial Indoor de Atletismo. Não dá para dizer que vamos ao Mundial de Kazan para sermos os melhores do Mundial", disse ele, citando o Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em piscinas de 50 metros, que vai acontecer na Rússia no ano que vem.
O nadador, que volta de Doha com cinco medalhas (três de ouro), porém, reconhece que a natação brasileira está em um novo patamar. "Subimos alguns degraus no Mundial de Curta. Para um país que ainda não tinha conseguido ser campeão do Mundial de Curta, agora nós conseguimos. É um passo de cada vez."
Com 10 medalhas, sendo sete de ouro, o Brasil liderou o quadro de medalhas do Mundial encerrado no domingo. De longe a maior potência da modalidades, os Estados Unidos ficaram apenas no nono lugar, desfalcados de praticamente todos seus nadadores de primeiro nível. Também França (sétimo lugar), Austrália (11.º) e China (19.º), os outros países que vêm acumulando mais medalhas em eventos de grande porte, ficaram muito longe de brilhar.
Três das medalhas de ouro e mais um bronze vieram de revezamentos, sendo que em três deles estava Cielo, um nadador que se acostumou a focar nas provas individuais em detrimento às coletivas. Para o atleta do Minas Tênis Clube, o Mundial de Doha deixa como legado para os brasileiros um novo conceito.
"Vimos uma energia diferente (da equipe brasileira). Antes cada um cuidava do seu. Desta vez tinha mais gente querendo participar do revezamento. As pessoas priorizavam as disputas individuais Indiretamente, vamos ver alguns resultados de (piscina) longa aparecendo", apontou.
Cielo vinha sendo bastante cobrado para estar presente nos revezamentos. Afinal, com Matheus Santana, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini, João de Lucca e Nicolas Nilo Oliveira, o Brasil tem chances reais de título em Kazan e no Rio/2016 no 4x100m livre. A presença de Cielo pode ser a diferença de um quarto lugar para um título.
Afinal, ele é o atual campeão mundial de piscina curta nos 100m livre. Se falhou nos 50m, ficando com o bronze, deu o troco no francês Florent Manaudou para ganhar o ouro na prova mais longa. O brasileiro, entretanto, nega que exista rivalidade ou qualquer outro tipo de relacionamento com o campeão olímpico dos 50m livre em Londres.
"Não conheço pessoalmente, parece ser um grande competidor, mas ele não traz nada de (rivalidade de) fora da piscina. É um grande competidor e que tem boa educação. É mais um talento que a natação francesa forma. Há um tempos eu venho me virando para competir com eles (Frederick Busquet e Alain Bernard), mas a França continua produzindo grandes nadadores. Daqui a pouco vou ter de jogar o Matheus Santana na piscina e o Bruno Fratus para eles me ajudarem", brincou Cielo.
Fratus e Matheus serão rivais de Cielo no Open, que vai acontecer na piscina do Botafogo, na semana que vem. Enquanto seus adversários abdicaram do Mundial de Piscina Curta para pensar no evento nacional, em piscina de 50m, que já vale como seletiva para o Pan e para o Mundial, Cielo avisa que só vai competir para ajudar o seu clube, o Minas. "Ainda não estou de férias, mas será uma competição mais importante para o clube do que para mim mesmo."
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Cesar Cielo desembarca no Brasil após três medalhas em mundial
Em doze edições da competição, foi a primeira vez que o Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas.
Um dos astros da delegação campeã do Mundial de Natação em Piscina Curta desembarcou, nesta segunda-feira (8), em São Paulo. Cesar Cielo conquistou cinco medalhas para o Brasil - três de ouro e duas de bronze.
Em doze edições da competição, foi a primeira vez que o Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas: foram sete medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.
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