Aposentado desde os Jogos Olímpicos de Londres-2012, o norte-americano Michael Phelps voltou a se submeter a exames antidoping nos últimos meses, o que é encarado como um sinal de que está preparando seu retorno às piscinas. Para o brasileiro Cesar Cielo, o nadador dono de 22 medalhas olímpicas deve voltar às competições e dominá-las antes das Olimpíadas de 2016.
Phelps deixou o esporte depois dos últimos Jogos, em que se tornou o maior atleta do evento, superando a ginasta soviética Larisa Latynina, que subiu ao pódio 18 vezes entre as Olimpíadas de Melbourne-1956 e Tóquio-1964. O norte-americano tem 18 medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze.
“Ele não voltaria à toa para o antidoping, é um negócio que exige certo cuidado. Na minha cabeça ele tem grandes de chances de voltar a nadar”, analisou Cielo, que participou dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, última competição de Phelps como profissional.
O brasileiro reencontrou o norte-americano recentemente durante o GP de Minnesota, disputado em novembro. Phelps viajou até Minneapolis, local da competição, e chegou a nadar na piscina utilizada para o torneio, mas apenas para treinos nos dias que antecederam o evento.
Quando foi informado pelo técnico norte-americano Jon Urbancheck de que “Michael” estava treinando na raia 8, Cielo demorou para associar o nome ao multicampeão olímpico, mas depois chegou a trocar algumas palavras com o, atualmente, ex-nadador.
“Cheguei de manhã na piscina, estava com o sono, o Jon Urbanchek veio falar na minha orelha ‘olha quem está ali, é o Michael’. Eu pensei ‘Quem é Michael?’. Quando eu vi era o Phelps. Era 7h30 da manhã, água gelada... Visualmente parecia que estava à vontade na piscina de novo. Antes de Londres e até no Mundial de Xangai (2011), não era o clima que a gente sentia dele, era uma coisa mais pesada, e agora estava muito tranquilo”, disse o brasileiro.
Durante sua carreira, Phelps dominou as provas de borboleta e medley, em que conquistou 13 de suas medalhas olímpicas. As outras vieram em competições de estilo livre, individuais ou no revezamento com a equipe dos Estados Unidos. Em Londres-2012, foram quatro ouros e duas pratas.
Poucos meses depois da aposentadoria, o nadador norte-americano recebeu um Prêmio Laureus por sua trajetória no esporte, no mesmo ano em que concorria como melhor atleta masculino. A cerimônia de entrega ocorreu no Rio de Janeiro.
“Ele precisava sentir saudades. O cara estava sem parar desde os 15 anos de idade e ele faz uns treinos muito loucos, vai de domingo a domingo nadando. Mas, sinceramente, do jeito que parou ele volta. Dou três meses para um cara desses treinando forte voltar a ser campeão mundial. Eu não nado a prova dele, estou tranquilo. Pessoal de medley que precisa ficar esperto de novo”, brincou o brasileiro.
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