Joanna Maranhão refaz o curativo e
diz: 'Espero poder competir com ele'
Nadadora tenta se recuperar do corte no supercílio para poder nadar os
200m borboleta na terça-feira. Atleta se machucou após levar um tombo
Depois de levar um tombo em seu quarto, abrir o supercílio e ficar fora das eliminatórias dos 400m medley, Joanna Maranhãoafirmou que está preparada para voltar a competir. Por meio do Twitter, a nadadora contou que refez o curativo e se mostrou apta a cair na água na terça-feira, quando acontece a outra prova em que está inscrita, os 200m borboleta.
- Refiz o curativo e espero poder competir com ele amanhã. Os óculos não atrapalharam. Só (senti) um pouco de dor no streamline (estar com o corpo totalmente extendido embaixo d´agua) - escreveu Joanna.
Sem esquecer o drama vivido no último sábado, ela lembrou do carinho que recebeu dos seus companheiros de equipe.
- Cada vez que encontrava alguém do time do Brasil eu chorava. Mas não é choro de tristeza, cada um deles me deram palavras de consolo - disse.
Joanna aproveitou para falar sobre a eliminação precoce do judoca Leandro Cunha, que foi derrotado pelo polonês Pawel Zagrodnik logo na estreia do torneio peso-meio-leve (até 66kg).
- Uma pena o Coxa (apelido de Leandro) não ter ido em frente na disputa de hoje, tava
torcendo muito por ele, menino bom! Agora, minha torcida fica para amanhã!
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Fabiola é eliminada nos 100m costas: 'Tinha uma chance para acertar, mas...'
Aos 37 anos, brasileira é apenas a 24ª colocada geral nas eliminatórias da prova, enquanto australiana Emily Seebohm quebra recorde olímpico (58s23)
Para uma perfeccionista declarada, o dia começou difícil. A prova não saiu como havia planejado, o tempo de 59s não foi alcançado, a semifinal não veio. Se sobrou vontade, faltou um pouco mais de velocidade a Fabiola Molina na primeira metade dos 100m costas. A terceira participação olímpica terminava ali, após 1m01s40. Aos 37 anos, a nadadora tentava, se esforçava para enxergar o resultado, o 24ª lugar geral, com um olhar menos crítico. Mas sempre deixava escapar uma frase em que acabava apontando suas falhas. As lágrimas só apareceram quando deixou de lado a análise técnica para falar sobre o que sentia naquele momento. Enquanto isso, a australiana Emily Seebohm comemorava a quebra do recorde olímpico (58s23) e a adolescente americana Missy Franklin mostrava sua força, com a segunda melhor marca deste domingo (59s37).
- Eu sou muito crítica, me cobro muito. Para mim as coisas têm que ser sempre perfeitas. Se isso não acontece eu vou ficando insatisfeita. Conversei com o cara que faz comigo o trabalho mental e disse que não estava satisfeita com meus resultados e que só ficava reclamando, reclamando, reclamando. E fizemos um trabalho para que eu buscasse mais o sentimento de satisfação. Isso me ajudou um pouco. Mas eu queria estar 100% satisfeita, queria ter feito a melhor prova da minha vida. Só que se eu olhar tudo no geral, sou superagradecida de estar nas Olimpíadas pela terceira vez. É dificílimo estar aqui e eu tive que recomeçar neste ciclo. Recomeços são difíceis, mas tenho pessoas importantes na minha vida e isso significa muito - disse.
Fabiola não se conformava. Afinal, nos últimos anos se cansou de nadar a prova na casa de 1m00s. Ela acredita que a mudança de técnico e de país, há sete meses, tenha influenciado no resultado. Foi para os Estados Unidos, passou a treinar mais volume do que velocidade e o corpo acabou sentindo a mudança na linha de trabalho.
- Em termos gerais esse é um tempo fraco para mim. Natação é uma coisa rápida. Se uma parte da prova deixou de ser perfeita você não consegue mais se recuperar. Acho que meu problema foi a velocidade no começo da prova. Se eu tivesse mantido a evolução, teria chegado à semifinal. Estava bem preparada e esse tempo não representa o melhor de mim. Eu tinha uma única chance para acertar, mas...
Se a prova marcou a sua despedida das Olimpíadas, Fabiola não diz. Não gosta de fechar portas, de fazer planos a longo prazo. Por enquanto, só pensa nos próximos compromissos da temporada. Em janeiro, sim, começará a avaliar que rumo irá tomar. O plano de ter filhos nos próximos dois anos continua de pé.
- É um momento de transição e tenho que avaliar se nado mais um pouco ou não. Tudo depende da vontade que tem que partir de dentro. Depois dos Jogos de Syndey-2000 eu não imaginava fazer um novo ciclo. E as coisas mudaram. Aí conheci o Diogo (o marido Diogo Yabe) e continuei. Em 2014 vou ver o que o meu coração vai estar falando sobre os Jogos do Rio-2016. Tenho que ver se vai bater algo forte. Quero estar lá, contribuindo de alguma forma dentro ou mesmo fora d'água.
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