César Cielo esquece rivais e foca própria evolução em Londres
Entre os principais rivais de Cielo nos 50m está o australiano James Magnussen
Uma das principais esperanças de ouro para o Brasil nos Jogos de Londres, o nadador César Cielo já sabe a receita para subir novamente no lugar mais alto do pódio. Vencedor dos 50 metros em Pequim, em 2008, o atleta não quer saber de se preocupar com seus rivais e garantiu que seu objetivo na Olimpíada deste ano será apenas se superar.
"Sempre pensei, e continuo pensando, em achar algum erro próprio para melhorar, tentar superar isso. Tento fazer o melhor. Ganhar a prova é sempre muito bom, mas já ganhei muitas vezes com tempos que não gostaria de ter feito e fiquei em segundo com ótimos tempos. Por isso, para mim, o mais importante é conseguir a melhor performance possível", declarou, nesta quarta-feira.
Entre os principais rivais de Cielo nos 50 metros está o australiano James Magnussen, de apenas 20 anos. Ele chegou a cravar o melhor tempo do ano, com 21s74, em março, mas foi superado pelo brasileiro, que marcou 21s38 no mês seguinte. No entanto, nem mesmo Magnussen parece tirar o sono do atual campeão olímpico, que só pensa em melhorar seu próprio desempenho.
"Sei que se eu melhorar em algum ponto da prova, em algum aspecto, posso tirar alguns centésimos. A gente faz análise das provas, vemos o que precisamos melhorar. Sei que um pouquinho vou conseguir melhorar. Não sei o quanto, mas o parâmetro é sempre o melhor tempo que temos na vida", apontou.
De acordo com Cielo, essa filosofia faz com que a vitória não dependa de erros dos outros competidores, mas sim de méritos próprios. "Acho que a expectativa é de que os adversários façam as melhores provas de suas vidas, como eu quero fazer. Não dá para contar com adversário vacilando e o primeiro passo para a derrota é esse: torcer para que façam provas ruins. Tudo pode acontecer, tem muita gente boa. Bastante surpresa deve acontecer na piscina, mas estou buscando meus melhores tempos", comentou.
Desde a conquista do ouro em 2008, o brasileiro precisou se adequar às novas regras da natação, que em 2010 proibiu o uso dos maiôs de alta tecnologia. Cielo, no entanto, parece ter se adaptado bem à mudança, tanto que seu melhor tempo em 2012 - 21s38 - fica só um pouco abaixo da marca obtida na final dos 50 metros em Pequim - 21s30.
"A gente vem nadando sem o traje desde 2010, então não tem nada de novo agora. Para ser sincero, a sensibilidade é a mesma, treinamos de sunga como sempre. Na hora da competição estamos nos sentindo muito rápido, muito bem. No momento em que estamos nadando estamos tentando fazer o melhor", declarou.
"Sempre pensei, e continuo pensando, em achar algum erro próprio para melhorar, tentar superar isso. Tento fazer o melhor. Ganhar a prova é sempre muito bom, mas já ganhei muitas vezes com tempos que não gostaria de ter feito e fiquei em segundo com ótimos tempos. Por isso, para mim, o mais importante é conseguir a melhor performance possível", declarou, nesta quarta-feira.
Entre os principais rivais de Cielo nos 50 metros está o australiano James Magnussen, de apenas 20 anos. Ele chegou a cravar o melhor tempo do ano, com 21s74, em março, mas foi superado pelo brasileiro, que marcou 21s38 no mês seguinte. No entanto, nem mesmo Magnussen parece tirar o sono do atual campeão olímpico, que só pensa em melhorar seu próprio desempenho.
"Sei que se eu melhorar em algum ponto da prova, em algum aspecto, posso tirar alguns centésimos. A gente faz análise das provas, vemos o que precisamos melhorar. Sei que um pouquinho vou conseguir melhorar. Não sei o quanto, mas o parâmetro é sempre o melhor tempo que temos na vida", apontou.
De acordo com Cielo, essa filosofia faz com que a vitória não dependa de erros dos outros competidores, mas sim de méritos próprios. "Acho que a expectativa é de que os adversários façam as melhores provas de suas vidas, como eu quero fazer. Não dá para contar com adversário vacilando e o primeiro passo para a derrota é esse: torcer para que façam provas ruins. Tudo pode acontecer, tem muita gente boa. Bastante surpresa deve acontecer na piscina, mas estou buscando meus melhores tempos", comentou.
Desde a conquista do ouro em 2008, o brasileiro precisou se adequar às novas regras da natação, que em 2010 proibiu o uso dos maiôs de alta tecnologia. Cielo, no entanto, parece ter se adaptado bem à mudança, tanto que seu melhor tempo em 2012 - 21s38 - fica só um pouco abaixo da marca obtida na final dos 50 metros em Pequim - 21s30.
"A gente vem nadando sem o traje desde 2010, então não tem nada de novo agora. Para ser sincero, a sensibilidade é a mesma, treinamos de sunga como sempre. Na hora da competição estamos nos sentindo muito rápido, muito bem. No momento em que estamos nadando estamos tentando fazer o melhor", declarou.
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Cielo e Fratus ensaiam dobradinha brasileira nos 50 metros livre
Após Gustavo Borges e Fernando Scherer, Brasil volta a ter dois nomes fortes numa mesma prova de natação com possibilidade de conquistar medalhas olímpicas em Londres
O Brasil inteiro conta com uma medalha de ouro de Cesar Cielo nos 50 metros livre. Mas um outro torpedo nacional trabalha discretamente para alcançar o pódio olímpico: Bruno Fratus. Dessa forma, o País volta a ter dois nomes fortes numa mesma prova da natação, o que não ocorre desde a década passada, quando Gustavo Borges e Fernando Scherer tinham resultados e capacidade para se encontrar no pódio dos 100 metros livre.
Infelizmente, os dois antigos astros da natação brasileira não conseguiram se consagrar simultaneamente numa prova individual olímpica. Fernando Scherer conquistou o bronze nos 50 metros livre em Atlanta, enquanto Gustavo Borges, naquela mesma edição de 1996, foi prata nos 200 metros livre e bronze nos 100 metros livre - nesta última, o compatriota ficou em quinto lugar.
Cogitações sobre a sonhada "dobradinha" formaram um dos temas dominantes da última entrevista coletiva concedida pela seleção brasileira de natação até o início dos Jogos de Londres. Bruno Fratus não descarta sequer a possibilidade de que a ordem seja invertida - ou seja, com ele em primeiro lugar e o supercampeão Cielo em segundo. "Ficaria bem feliz se a ordem fosse a oposta", afirmou.
Bruno Fratus, de 23 anos, chegou a despertar grandes expectativas de medalha, até mesmo de vitória, ao se classificar para a final dos 50 metros livre, no Mundial de Xangai, no ano passado, com o melhor tempo: 21s76, três centésimos mais rápido do que o rival nacional. Mas na decisão, Cielo venceu em 21s52, enquanto Fratus cravou 21s96 e terminou em quinto lugar.
Concentrado na busca do bicampeonato olímpico dos 50 metros livre, Cielo enxugou sua agenda de compromissos com a imprensa e concedeu apenas entrevistas coletivas, promovidas por patrocinadores, na reta final da preparação para Londres. Fratus foi ainda mais discreto e também não se expôs, evitando participar de muitas provas preparatórias. "Foi uma época de amadurecimento, reclusão e treino", explicou o nadador.
Esse isolamento se mostrou produtivo no Torneio Sette Colli, no mês passado, em Roma. Fratus chegou apenas em quinto lugar, com 22s37 - Cielo venceu com 22s17. O resultado não é expressivo, mas sua performance nos primeiros 15 metros agradou em cheio ao seu treinador, Arílson Soares - o início de prova era o ponto fraco do nadador.
Em Roma, o tempo que Fratus fez nesse trecho foi melhor do que aquele que obtivera na semifinal do Mundial de Xangai. "Ele nadou em Roma sem estar treinado o suficiente e sem se raspar e conseguiu melhorar", apontou Arílson Soares.
Durante a coletiva desta quarta-feira, Fratus deixou escapar uma ou outra frase que revelam não serem pequenas suas ambições em Londres. "Qualquer um dos oito que entra na final pode estragar a festa de qualquer um", disparou.
Mas a confiança de Cielo tampouco é pequena. Em sua visita anterior ao Crystal Palace, em junho, ele se irritara com seu desempenho nos treinos. Mas sente que progrediu nas últimas semanas. "A gente vai treinando e tudo ficou mais alegre e positivo. Estou bem empolgado e feliz. Acho que estou no caminho de fazer os melhores tempos da minha vida", afirmou.
Favorito ao ouro nos 50 metros livre, Cielo fala até mesmo em lutar por medalha nos 100 metros livre, a despeito de se localizar em sétimo lugar no ranking de 2012, com o tempo de 48s28, registrado em abril, no Troféu Maria Lenk - o líder na prova é o australiano James Magnussen, com 47s10. "Não vou nunca desprezar minha chance de brigar por medalha nos 100 metros. Vou fazer o meu melhor e torcer para que seja o suficiente para conseguir duas medalhas", avisou. Mesmo que não consiga, Fratus estará por perto, reforçando as chances dos velocistas do Brasil
Infelizmente, os dois antigos astros da natação brasileira não conseguiram se consagrar simultaneamente numa prova individual olímpica. Fernando Scherer conquistou o bronze nos 50 metros livre em Atlanta, enquanto Gustavo Borges, naquela mesma edição de 1996, foi prata nos 200 metros livre e bronze nos 100 metros livre - nesta última, o compatriota ficou em quinto lugar.
Cogitações sobre a sonhada "dobradinha" formaram um dos temas dominantes da última entrevista coletiva concedida pela seleção brasileira de natação até o início dos Jogos de Londres. Bruno Fratus não descarta sequer a possibilidade de que a ordem seja invertida - ou seja, com ele em primeiro lugar e o supercampeão Cielo em segundo. "Ficaria bem feliz se a ordem fosse a oposta", afirmou.
Bruno Fratus, de 23 anos, chegou a despertar grandes expectativas de medalha, até mesmo de vitória, ao se classificar para a final dos 50 metros livre, no Mundial de Xangai, no ano passado, com o melhor tempo: 21s76, três centésimos mais rápido do que o rival nacional. Mas na decisão, Cielo venceu em 21s52, enquanto Fratus cravou 21s96 e terminou em quinto lugar.
Concentrado na busca do bicampeonato olímpico dos 50 metros livre, Cielo enxugou sua agenda de compromissos com a imprensa e concedeu apenas entrevistas coletivas, promovidas por patrocinadores, na reta final da preparação para Londres. Fratus foi ainda mais discreto e também não se expôs, evitando participar de muitas provas preparatórias. "Foi uma época de amadurecimento, reclusão e treino", explicou o nadador.
Esse isolamento se mostrou produtivo no Torneio Sette Colli, no mês passado, em Roma. Fratus chegou apenas em quinto lugar, com 22s37 - Cielo venceu com 22s17. O resultado não é expressivo, mas sua performance nos primeiros 15 metros agradou em cheio ao seu treinador, Arílson Soares - o início de prova era o ponto fraco do nadador.
Em Roma, o tempo que Fratus fez nesse trecho foi melhor do que aquele que obtivera na semifinal do Mundial de Xangai. "Ele nadou em Roma sem estar treinado o suficiente e sem se raspar e conseguiu melhorar", apontou Arílson Soares.
Durante a coletiva desta quarta-feira, Fratus deixou escapar uma ou outra frase que revelam não serem pequenas suas ambições em Londres. "Qualquer um dos oito que entra na final pode estragar a festa de qualquer um", disparou.
Mas a confiança de Cielo tampouco é pequena. Em sua visita anterior ao Crystal Palace, em junho, ele se irritara com seu desempenho nos treinos. Mas sente que progrediu nas últimas semanas. "A gente vai treinando e tudo ficou mais alegre e positivo. Estou bem empolgado e feliz. Acho que estou no caminho de fazer os melhores tempos da minha vida", afirmou.
Favorito ao ouro nos 50 metros livre, Cielo fala até mesmo em lutar por medalha nos 100 metros livre, a despeito de se localizar em sétimo lugar no ranking de 2012, com o tempo de 48s28, registrado em abril, no Troféu Maria Lenk - o líder na prova é o australiano James Magnussen, com 47s10. "Não vou nunca desprezar minha chance de brigar por medalha nos 100 metros. Vou fazer o meu melhor e torcer para que seja o suficiente para conseguir duas medalhas", avisou. Mesmo que não consiga, Fratus estará por perto, reforçando as chances dos velocistas do Brasil
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