quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ISTOÉ CESAR CIELO

Finalmente...

Desculpem a demora! É que é muita coisa ao mesmo tempo MESMO!!!

Obrigada a Bruna pelos prints! ;)




Cielo é o limite
Como a técnica e a determinação do brasileiro César Cielo impuseram um novo padrão à prova mais clássica da natação
Claudia Jordão

Em meio a uma torrente de aplausos, Roma se curvou a um novo imperador. O César da atualidade é um brasileiro de 22 anos e sua coroação aconteceu na quinta-feira 30, na piscina do Foro Itálico, durante o Mundial de Esportes Aquáticos, que termina no domingo 2. O nadador César Cielo entrou para a história da natação ao quebrar o recorde mundial nos 100m livre, a prova mais nobre do esporte, com o tempo de 46s91. Foi o segundo ouro do Brasil em Mundiais - até então, o primeiro e único brasileiro a conseguir o feito era Ricardo Prado, vencedor dos 400m medley em 1982. A conquista de Cielo é fruto de uma técnica apurada e muito trabalho.

A vitória brasileira começou a se desenhar na metade da prova. "Na virada dos 50m, ele foi mais fundo que os outros", comentou o ex-nadador Gustavo Borges. "Isso fez com que evitasse a marola, tornando-o mais veloz." A estratégia final também foi decisiva, na opinião de Borges. Cielo garantiu sua vantagem na última respirada, cerca de dez braçadas antes de tocar a parede da piscina. Ali, guardou fôlego para o sprint final. O nadador é especialista na prova dos 50m, categoria que lhe valeu o topo do pódio em Pequim. Neste tipo de competição, ele percorre a piscina sem respirar - foram 34 braçadas no cubo d'água chinês.

O ouro nos 100m também é a coroação de muita dedicação. Cielo mora em Auburn, nos Estados Unidos, e vive sob a tutela de seu treinador, o australiano Brett Hawke. Curiosamente, convive com um de seus maiores rivais, o francês Frédérick Bousquet. "Eles treinam juntos", disse Hawke. "Dividir a piscina com concorrentes muito fortes traz estímulo e confiança", diz o ex-nadador Ricardo Prado. Cielo, que parou de crescer no fim do ano passado, investiu pesado na musculação entre janeiro e maio. "Fiz muito levantamento de peso", disse o nadador. "Antes, levantava 90kg, sofrendo. Agora, cheguei a 110kg." Ele pesa 80kg e mede 1,95 m de altura.

FIM DO SHOW DE RECORDES
A era dos supermaiôs está com os dias contados. Dias antes do início do Mundial de Natação, em Roma, a Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou que os trajes não poderão mais ser usados em 2010. As vestes revolucionaram o esporte e promoveram um show de recordes nos últimos anos. Mais de 160 marcas mundiais foram quebradas apenas de 2008 para cá. Na Itália, nos três primeiros dias de competição, 15 recordes caíram em 24 provas disputadas. "Os supermaiôs trouxeram o caos à natação mundial", opina o ex-nadador brasileiro Djan Madruga, para quem se trata de doping tecnológico.

Os trajes de boa parte dos atletas têm modelagem aerodinâmica e material de poliuretano, que diminuem a resistência e aumentam a flutuação. São aperfeiçoados a cada estação; por isso, têm sido apontados como os grandes responsáveis por tornar os nadadores cada vez mais velozes. A decisão da Fina de banir o supermaiô é uma resposta à pressão dos Estados Unidos. As novas regras entrarão em vigor em 1º de janeiro. Para os homens, o comprimento máximo do traje é da cintura até os joelhos. Para as mulheres, do ombro até os joelhos, mas terão de ser cavados nos braços. O poliuretano, um tipo de plástico, não poderá ser utilizado.

O material obrigatoriamente será de tecido. "Uma comissão vai acompanhar os testes necessários sobre os maiôs na Universidade de Lausanne, na Suíça", disse o diretor-executivo da entidade, Cornel Marculesco.

As medidas foram anunciadas após Bob Bowman, técnico da grande estrela das piscinas, o americano Michael Phelps, ameaçar tirar o atleta das competições.

Na final dos 200m livre, o alemão Paul Biedermann levou o ouro e deixou Phelps para trás. Biedermann vestia uma peça de poliuretano da Arena, o que há de mais moderno em supermaiôs. Phelps usava um modelo da Speedo, que brilhou em Pequim, mas está desatualizado - ele teve de usá-lo porque é patrocinado pela Speedo. O alemão terminou a prova 1,22 segundo antes do americano. Para aumentar a polêmica, Biedermann creditou ao traje um segundo de vantagem a cada 100 metros percorridos na piscina. Phelps lamentou. "Os novos maiôs mudaram o esporte", disse. "A natação não importa mais."


Para subir no degrau mais alto do pódio, Cielo bateu o francês Alain Bernard, campeão da prova de Pequim (2008), que chegou em segundo, com 47s12. "Ele é incrível, o melhor velocista da atualidade", comentou o nadador americano Michael Phelps. "Sempre quis o ouro da prova mais tradicional da natação, mas não esperava nada sobre o tempo", disse Cielo.

O recorde anterior era de 47s05, do australiano Eamon Sullivan, que está doente e não compareceu ao Mundial. Porém, o homem mais rápido na categoria era o próprio Bernard com 46s94.

Ele cravou a marca recentemente, na seletiva da França, mas ela não foi homologada porque o maiô usado pelo nadador ainda não havia sido liberado pela Federação Internacional de Natação (Fina). Por ironia, ao conquistar o feito histórico, Cielo usava o mesmo traje, o Arena X-Glide. Sensação da temporada, o maiô foi liberado pela Fina dias antes do Mundial e esquentou a polêmica em torno dos supermaiôs (leia quadro). Ao ser questionado, o brasileiro assegurou que seria o mais rápido mesmo sem o traje. "Se você acreditar que pode fazer, vamos fazer", disse.

Apesar de curta, a carreira de Cielo é intensa. Sua ascensão como atleta de ponta começou há dois anos. Em 2007, ficou fora do pódio dos 100m do Mundial de Melbourne, na Austrália, por quatro centésimos de segundo. No mesmo ano, venceu os 50m, 100m e 4x100m livres e 4x100m medley nos Jogos Pan- Americanos, no Rio. Em 2008, em Pequim, além do ouro nos 50m livre, trouxe o bronze nos 100m e bateu três recordes olímpicos. "Em dois anos, dei um salto de nadador que tentava alguma coisa para um atleta recordista mundial", disse ele, logo após a prova. "É a realização de um sonho e está até difícil pensar." A dificuldade de organizar as ideias estava ligada à emoção da vitória e à dor nas pernas, fatigadas após o esforço sobre-humano. "Coloquei na minha cabeça que ia doer como nunca e foi isso que aconteceu", disse. Ao deixar a piscina, ouviu a arquibancada gritar "César, o imperador de Roma". O nadador, no entanto, recusou o rótulo. "Sou César por causa do meu pai", sorriu. "Se for assim, o imperador é ele."

FONTE: IstoÉ Online

--> Bem bacana a matéria! Esse final é fofo... Cesinha, il imperatore di Roma!!!!!!!!! huahuhauahuahuahuahua... será que ele topa uma fantasia de Rei (não do Pop... do Pop, a fantasia é de Rainha, hoho)?!

Beijocas Celestes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

2 comentários:

Karinny disse...

Aiiinnn q fofo esse final, imagino o sorrisão sapeca dele ao falar isso :D

Karinny disse...

Obrigada pelos scnas