sábado, 8 de agosto de 2009

CESÃO MANDOU O SEU RECADO...


Cielo faz pressão sobre empresas brasileiras e pede patrocínio.

Celso Paiva
Direto de São Paulo

Com a presença dos principais veículos de mídia no Brasil na primeira entrevista coletiva depois do seu retorno do Mundial de Roma, o nadador César Cielo fez questão de fazer um desabafo e pediu maior apoio das empresas brasileiras.
"O Mundial foi muito bacana, a gente fez o que tinha que fazer. Mas hoje não tem desculpa para não ter uma empresa brasileira patrocinando a gente", disse o medalhista de ouro nos 50 m e 100 m livre na Itália.
"A natação está ganhando praticantes novos, mas ainda falta o apoio. Estamos conquistando muito espaço na imprensa, mas não temos apoio e patrocínio para nos sustentar", afirmou Cielo. O nadador afirmou que não está querendo que a natação tire o espaço do futebol no Brasil."Não temos a intenção de disputar com o futebol. Mas o Brasil, além de ser o País do futebol, pode também ser o País da natação", disse Cielo, em entrevista no Clube Pinheiros.
"Espero que daqui há dois anos tenha uma super equipe aqui nesta mesa. Espero que surjam vários nomes e que oito a 10 nadadores estejam falando aqui com vocês (da imprensa) em 2012".



Mais notícias.


Felipe França se "irrita" com ironia de Cielo e almeja 200 m peito.



"Estamos apenas jogando o jogo", diz Cielo sobre "supermaiô".



Link das páginas com vídeos.

Lance!Net

IG Esporte.

Obrigada Meninas pelos links :)

Beijos ;)

7 comentários:

Lily disse...

Ae Cesão, falou o que tinha que ser dito!!

Beijos xD

Amanda Paula :) disse...

isso aí, tem que dar espaço pra nataçao também e pros outros esportes ;)

Mariana Cantarim disse...

O q mais me trantorna nessa história de "o país do Futebol" além da injustiça e da monocultura... é a falta de reciprocidade tbm... O Capital empresarial, os clubes, e tantas outras fontes de renda q alimentam esse discrepância futebolística... Se pegarmos um exemplo claro e recente, das olimpíadas de pequin...Enquanto que Cielo, maggi e as menina do vôlei (que sofrem com salários defazados e patrocínios) encantaram a um pais inteiro, com superação, emoção, conquistas que na maioria das vezes não era nem um pouco esperadas, nessa msm competição um outro grupo liderado por um tal gaucho, que figuram em listas dos mais bem pagos.... Figuraram tbm nas olipíadas, sim mais uma vez foram contilvantes... não porque eram inferiore tecnicamente mais sim inferiores de coração de raça e principalmente de orgulho em defender uma bandeira, a nossa bandeira, não acabou por aí, foram pra disputa do bronze, era o q restava, ganharam esse bronze, certamente não pensando numa forma de se redimir com esses loucos desvairados brasileiros que se cotovelam em estádios lotados.... mas sim se redimir com seus dirigentes, a treva de tudo isso, que me fez sentir esse misto de raiva, vergonha, indignação e nojo... foi ver um brasileiro atender um celular durante o pódio.... Triste....

Nojo senti tbm, ao ver nossos ginastas q tantos orgulhos nos trouxera e trazem com salários atrazdos, e correndo risco de ficar sem clube, enquanto que o Flamengo, um vergonhoso clube carioca, fazendo das ripas corações pela contratação do Adriano...

O Rio tem quatro grandes clubes... e nenhum grande esporte olímpico!!!
Falta verba? Talvez, acho q o q falta de fato e repartição da verba arecadada pelo clube, falta vergonha na cara dos cartolas cariocas, das torcidas que lotan estágios pra inriquecer ainda mais o bloso de falsos astos!!!

Carolina disse...

Oi, Mariana.

Concordo em parte com o que você disse. Sou flamenguista doente e defendo que o Brasil não é SÓ o país do futebol - não é à toa que faço parte de outro blog só para natação, além de acompanhar e apreciar outros desportos.
A questão do monopólio do futebol no Brasil pode ser interpretada de diversas formas. Você pode entendê-la como "futebol, o ópio do povo", como "futebol, o esporte fácil", no sentido em que um gramado qualquer às vezes quebra o galho de campo para treinos - haja vista os treinos do Flamengo realizados no Aterro homônimo, o que de fato gerou uma aproximação GRANDIOSA entre a população e os craques (sim, naquela época eles eram!) e, consequentemente popularizando o gosto pelo futebol. Essa breve historinha justifica a proporção do Flamengo, da Nação Rubro-Negra. Ok, deixa eu retomar o assunto principal se não vou rasgar a seda sobe meu time! rs
Retomando... Ao meu ver, a facilidade de praticar o futebol fez com que este fosse um esporte mega "contagioso" em um país latino-americano como o Brasil. E a partir da década de 1970/1980 é notória a capitalização/globalização do futebol, onde o esporte virou um mercado, os jogadores seus produtos, as grandes marcas esportivas seus financiadores. Portanto, se a globalização envolveu até o âmbito esportivo, é sensato pensar que, na globalização futebolística, o Brasil ocupa a mesma posição que representa no mercado internacional: o Brasil é peão, cara. Exporta jogadores (produtos) para os centros do capital, obedecendo e fomentando um fluxo de cifrões exorbitantes que fluem com tranquilidade porque o futebol É rentável. O futebol é o esporte dos operários da indústrias inglesas, o esporte do operariado, o esporte do fácil acesso. Dessa forma, essa porra se alastra que nem fogo. Veja bem, não estou preterindo a natação (ou qualquer outro esporte) ao futebol, mas apenas apresentando o contexto histórico, social e econômico no qual ele se insere (adotando como marco o século XX, obviamente). Então pense que essa "máfia" futebolística é só um dos nós de uma grande rede que só tende a crescer.

Agora uma pequena observação sobre o seu comentário acerca dos torcedores que lotam os estádios: sim, é o torcedor que exerce o papel de mercado consumidor do capitalismo futebolístico. Mas a culpa não é bem totalmente NOSSA, né! Convenhamos! Como uma exemplar sociedade capitalista, nós somos manipulados para o consumo. Ok, nós podemos escolher não consumir, mas isso não muda porra nenhuma do sistema porque você é um simples elo de uma cadeia BEM intricada. A sua vida é ditada de forma a corroborar, mesmo que minimamente, o sucesso do capital. Não estou vitimizando a sociedade e, em paráfrase, os torcedores de futebol - e nem cite a revolução porque comunismo, socialismo não combina com o gene básico de todos os homens: o egoísmo (no sentido literal e filosófico do termo). Assim, eu posso ser culpada por alimentar a máquina grotesca do capitalismo futebolístico quando vou todo domingo ao Maracanã, mas eu sou induzida a alimentar tal sistema porque é SÓ no Maracanã que eu tenho sentido como flamenguista: suando a camisa, gritando, berrando, batendo no peito com saudosismo (porque o futebol da atualidade é duro de engolir. Por isso que uma vez por mês eu assisto a final do Mundial Interclubes). Para mim, o futebol é bom DEMAIS, pois tive uma criação futebolística forte (e não me arrependo), da mesma forma que tive uma criação aquática forte (e não me arrependo). Sim, eu vou aos jogos do pólo aquático do Flamengo, eu vibro com a natação do Cesar e de tantos outros porque eu gosto pra caraaaalho de natação.

Então é isso.


Obs.: é válido ressaltar que é devido ao capitalismo selvagem que engloba os esportes que a natação, ginástica, atletismo, etc etc etc sofrem na questão de incentivo, patrocínio.

Mariana Cantarim disse...

Não se trata de "tive uma boa influência futebolística", indiretamente ou não, todos q nascem no 'País do futebol' são levados por essa insana fama brasileira... Fui criança tbm, já fui levada, mas com o tempo o amadurecimento, me fez ver q não sirvo pra massa de manobra!!!
Minha indignação não é pelo futebol como esporte, mas pelo futebol como comércio e como vilão de outras modalidades... Durante o pan do rio, obviamente assisti a alguns eventos, e acredite o que mais me impressionou foi justamente o futebol... Feminino!!!! Pois esse sim merece prestígio....

O contexto social, histórico, que todos já estão cansados de saber, não sou leviana, não escrevo sobre o que não conheço, explicam,mas de forma alguma justifica...

OK, já que vc tocou no âmbito político econômico da coisa, por se falar em comunismo e socialismo, vamos lá dois exemplos bem destintos....

Cuba, economia capitalista, tem como paixão nacional o Baisibol... Mas investe e consegue bons resultados em destintas modalidades...

EUA, economia capitalista... divide essa paixão nacional entre dois queridinhos o futebol americano e baskete... E simplesmente é um gigante em todas as demais modalidades....

Um outro dado que merece destaque: O pinheiros e o Minas, não apenas na natação mais em outras modalidades tbm, são hoje os dois grandes poliesportivos do brasil e da américa latina... curiosamente nunhum desses alimenta a equipes profissionais de futebol...

Carolina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carolina disse...

Oi, Mari!

Em nenhum momento eu falei que você fala de forma leviana. Só dei a minha contribuição, sabe? Eu tenho consciência de tudo o que você falou, sei dos casos de Cuba*, EUA* e, obviamente, do Pinheiros. Sim, eu amo natação, hipismo, vôlei, não só o futebol.
Eu sei que todos que nascem no "país do futebol" estão sujeitos à influência do esporte, mas isso não significa que todos os torcedores são conformados. O tocante aqui é a paixão e eu amo futebol da mesma forma que amo natação. Não é porque eu sou fanática por futebol que "eu sirvo de massa para a manobra do monopólio" que mina os outros esportes. Eu não sou uma contradição quando digo que amo futebol e sou contra o monopólio do mesmo no meu país.
E eu não disse em nenhum momento que o monopólio do futebol no Brasil é algo inevitável - você bem apontou os casos cubano e estadunidense que eu assino embaixo sem hesitação. Sim, o governo é incompetente e não estimula a prática de outras modalidades (eu até procurei explicar isso com a questão da "máfia" internacional que gira em torno do futebol...). Eu não discordei de você na questão do patrocínio, só apontei outras argumentações. O único ponto que discordei foi a forma que você, ao meu ver (veja bem, não estou dizendo que foi essa a sua intenção, mas só pareceu ser), taxou os torcedores como conformados, vítimas do "pão e circo" futebolístico. OBVIAMENTE, quando a torcida comparece ao jogo o dinheiro arrecadado alimenta esse monopólio do futebol, mas ela não faz isso com o intuito de enriquecer um lado (futebol) para prejudicar outros (outras modalidades). Não são os torcedores que decidem o que fazer com o dinheiro arrecadado - ok, aí você lança uma sugestão super válida: "Então a torcida tem que boicotar os jogos para não injetar nem um puto de real no bolso dos chefões". Sim, essa é uma boa solução e ficaria feliz se isso acontecesse porque eu sacrificaria a minha ida aos jogos por uma igualdade - mas não adianta apenas um, dois fazerem isso. Mas a questão é que isso está muito longe de acontecer, vamos concordar... Está longe justamente pelos argumentos que eu apresentei que justificam o quão entranhado na sociedade (não só) brasileira o futebol é. Sim, Cuba é diferente, como você bem disse. E mais uma vez eu repito: a culpa é do nosso governo, que poderia se impor e dar incentivo às outras modalidades. Enfim, como todos sabem, a nossa gestão é muito "pau mandado" e isso é herança da colonização, hehehe!

Pelo tom da sua resposta senti que você ficou meio irritada com o meu comentário, mas em nenhum momento eu comentei para desvalorizar sua opinião - da qual concordo. Por concordar, apresentei alguns argumentos que justificassem um ponto e outro, mas longe de tentarem estabelecer a verdade indubitável. Talvez eu não tenha me expressado de forma clara, espero que dessa vez tenha sido melhor.


Beijos e bom final de semana!



** Talvez o que tenha realmente ficado mal esclarecido seja a breve citação de comunismo/socialismo. Eu não estava me referindo aos EUA e/ou Cuba em especial, mas apenas comentando sobre as idéias conceituais que cada forma governamental concerne, em comparatividade com o sistema capitalista GERAL, que acaba atingindo o capitalismo esportivo. Eu queria dizer que não é impossível quebrar esse monopólio: o problema é quem vai quebrá-lo, como vai quebrá-lo e se vai permanecer fiel a essa mudança.