segunda-feira, 30 de abril de 2012


Troféu Maria Lenk: Cielo termina com cinco ouros, melhor tempo do mundo e recorde sul-americano


O campeão olímpico e mundial Cesar Cielo encerrou o Troféu Maria Lenk, neste sábado, no Rio de Janeiro, com mais uma medalha, a sua quinta na competição, desta vez com a equipe do Flamengo no 4x100m medley (3min36s10). Numa final de prova eletrizante, Cielo pulou na água com o Flamengo atrás e foi buscar o ouro para o clube nadando contra Marcelo Chierighini, do Pinheiros.

O time rubro-negro teve o americano Eugene Godsoe (costas), Henrique Barbosa (peito), Felipe Nunes (borboleta) e Cesar Cielo (livre). O Pinheiros ficou em segundo (3min36s60) e o Minas, em terceiro (3min41s72). Cielo ainda comemorou o título de campeão do Flamengo, que o clube não conquistava desde 2002.

Cielo terminou o Maria Lenk com seis medalhas, cinco de ouro e uma de prata. Fez uma boa competição ao vencer os 50m livre com o melhor tempo do mundo no ano e da carreira na era pós-traje - 21s38 - e bater o recorde sul-americano nos 50m borboleta (22s76). Também venceu os 100m livre (48s28) e, com os revezamentos do Flamengo, ficou com o ouro no 4x100m livre, a prata no 4x50m livre e o ouro no 4x100m medley. O Flamengo fez 2.152,5 pontos, com Pinheiros em segundo (2.070 pontos), o Corinthians em terceiro (1.939,5) e o Minas Tênis em quarto (1.812).

Cielo comemorou o bom resultado do Flamengo.

"Foi um projeto que começou em 2010, quando a Patrícia Amorim idealizou a retomada da natação do Flamengo, a natação mais vitoriosa do Brasil, e dois anos depois estamos aqui. A natação do Flamengo voltou. Hoje nadei pelo time, não era para mim (falou sobre o bom tempo de 47s67 no revezamento). Esse ouro no revezamento foi a cereja no bolo. Estou muito feliz", disse Cielo.

Cielo fez um balanço positivo da participação no Maria Lenk.

"Foi uma boa competição para mim, ótima para o grupo de treinamento de elite PRO 16 (Projeto Rumo ao Ouro em 2016), que saiu daqui com um saldo bem positivo, e para o meu clube, o Flamengo. Individualmente, fiquei bem feliz com os 50m livre e não gostei do tempo dos 100m livre. Mas também é bom para saber o que temos de melhorar. Talvez tenha faltado uma folga antes dos 100m livre, mas foi muito boa a competição com eliminatórias pela manhã e finais à noite", avaliou Cesar Cielo, que descansa apenas três dias antes de retomar a preparação para os Jogos Olímpicos de Londres.

Para o técnico Alberto Silva, o Albertinho, que comanda o PRO 16, o objetivo foi "parcialmente" atendido com Cesar Cielo.

"Vamos fazer um balanço, mas o programa de provas é novo - eu ajudei a fazer - e nós (técnicos e atletas) estamos achando que ficou um pouco pesado para os velocistas. Não é dar desculpas para o resultado dos 100m. Mas os velocistas, além das provas individuais, disputam os revezamentos pelos clubes, ainda mais neste ano em que a briga foi acirrada, com todo mundo disputando pontos."

Albertinho acrescentou que a conclusão foi tirada porque tanto nos 100m livre feminino quanto no masculino todos foram mal na final.

- Prova "Frankstein"

Albertinho acredita, pelo que tem visto nos treinamentos e em competição, que Cielo vai fazer um bom resultado nos 100m livre nos Jogos Olímpicos de Londres.

"O resultado planejado para o Cesar nos 100m livre está dentro dele, só não conseguiu realizar aqui. Vamos seguir trabalhando nisso. Eu sei quando o resultado está dentro do cara."

Albertinho sabe que Cielo é exigente e, por isso, se cobra.

"O Cesar é muito consciente. Ele sabe o que pode realizar. Tem mesmo é que ser exigente e não quero mudar isso. Sei da capacidade dele e que o resultado está lá, guardado, e uma hora vai sair."

Quanto aos 50m livre, Albertinho definiu como excelente o tempo que Cesar Cielo fez no Maria Lenk - 21s38 -, mas disse que está projetando um tempo um pouquinho menor. E explicou que isso é provado pela prova "Frankstein" montada por ele.

"Pegamos vários trechos de provas que o Cesar realizou - a melhor saída, com o melhor tempo de reação, os melhores 15 metros iniciais, o melhor nado limpo, a melhor chegada, e nossa projeção de tempo era um pouco menor. Não quero ser presunçoso porque gostamos muito do resultado dos 50m livre, mas sei que pode ser um pouquinho menos."

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Dividido, Cielo desdenha dos 100 m livre para Londres

O nadador brasileiro se divide entre os 50 m e os 100 m livre em todas as competições que disputa

Uma é a prova favorita, o xodó, em que Cesar Cielo reina absoluto desde 2008. A outra virou a pedra no sapato, a dos resultados incômodos e rivais mais ameaçadores.
O nadador brasileiro se divide entre os 50 m e os 100 m livre em todas as competições que disputa. E não será diferente nos Jogos de Londres.
Cielo não esconde que gosta mesmo é dos 50 m livre. Mas seu técnico quer atenção igual às duas provas. É o que, segundo Albertinho, falta para o brasileiro subir duas vezes ao pódio na Olimpíada.
"Com o Cesar, é detalhe. Ele está pronto. Acho que é mais na cabeça, ele estar focado nos 100 m tanto quanto nos 50 m", afirmou o técnico.
No Troféu Maria Lenk, encerrado anteontem, Cielo cumpriu a meta nos 50 m livre ao fazer a melhor marca do ano: 21s38. Ficou a 0s02 do tempo de Fred Bousquet considerado o "recorde" após o banimento dos supermaiôs, que aconteceu em 2010.
Já nos 100 m, o nadador marcou 48s28. Queria ter superado sua melhor marca sem os trajes, os 47s84 do Pan de Guadalajara, em 2011.
Saiu da água chateado e chegou a dizer que seu foco era ser bi olímpico nos 50 m e "ver o que dá" nos 100 m.
Nas principais competições de 2010 (Pan Pacífico) e 2011 (Mundial), Cielo amargou resultados aquém do esperado na prova mais badalada da natação mundial.
Nessa distância, o mais veloz do ano é o australiano James Magnussen, com 47s10.
O recorde mundial, que pertence a Cielo, é 46s91.
"A gente fala que o resultado já está dentro do cara. Acredito que o resultado planejado para o Cesar nos 100 m livre está dentro dele. Só não conseguimos realizar isso aqui [no Troféu Maria Lenk]", declarou Albertinho.
Ele acredita que o fato de os velocistas terem nadado provas em dias seguidos, sem descanso, prejudicou o resultado dos 100 m no Rio.
"A gente acha que o programa não foi favorável porque todo mundo piorou, no masculino e no feminino."
Cielo deixou o Maria Lenk com cinco ouros e o título de clubes para o Flamengo.
A equipe em que ele treina, a PRO 16, classificou para a Olimpíada os seis atletas que foram ao Maria Lenk: Cielo, Thiago Pereira, Leonardo de Deus, Tales Cerdeira, Nicholas Santos e Henrique Barbosa. Nicholas, porém, ainda precisa confirmar a vaga.

domingo, 29 de abril de 2012


Cesar Cielo fecha Maria Lenk com mais um ouro e garante título ao Fla

Na última prova da competição, nadador assegura vitória no revezamento 4x100m medley e clube rubro-negro é campeão brasileiro após dez anos


Antes de entrar na água, Cesar Cieloincentivou a torcida rubro-negra, que encheu o Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, neste sábado. Se o Flamengo vai mal no futebol, na natação viveu um grande dia. Na prova que fechava o Troféu Maria Lenk, Cielo pegou o revezamento 4x100m medley na segunda posição, mas deixou Marcelo Chierighini e o Pinheiros rapidamente para trás, levando o Fla ao lugar mais alto do pódio. E não só da prova. Ajudou a garantir também o título brasileiro ao clube, algo que não acontecia há dez anos. O campeão olímpico seguiu o roteiro perfeito do técnico Marcos Veiga.
- Eu estava imaginando que ia nadar o borboleta, que é o que faço nesse revezamento normalmente, mas o Marcão (Marcos Veiga, técnico do Flamengo) teve um sonho que eu ia cair atrás e ia buscar. Parece que o sonho dele virou realidade - contou Cielo, que encerrou a competição com cinco ouros.
Com um elenco cheio de destaques da seleção, como Cielo, Leonardo de Deus, Joanna Maranhão e Tales Cerdeira, a equipe rubro-negra garantiu o título com 2.152,50 pontos. O Pinheiros, que dominou a natação brasileira de 2003 a 2010, chegou a sentir o gostinho de uma nova vitória, mas terminou em segundo, com 2.070 pontos. Com a ajuda de Thiago Pereira, o Corinthians foi o terceiro colocado (1.930,50).
Título com chave de ouro
O Pinheiros liderou quase toda a prova. Primeiro, no estilo costas, Daniel Orzechowski levou a melhor sobre Eugene Godsoe. Na sequência, o campeão mundial Felipe França manteve a vantagem sobre Henrique Barbosa no peito. Filipe Nunes comandou a reação do Flamengo no borboleta, contra Gabriel Mangabeira.
Foi aí que Cielo começou a pedir apoio da torcida. Passou Marcelo Chierighini nos últimos metros e bateu em primeiro em 3m36s10 contra 3m36s60 do Pinheiros, para delírio dos fãs. O Minas foi o terceiro, com 3m41s72. Com uma bandeira rubro-negra, Cesão comandou a festa da arquibancada.
- É a realização de um sonho que eu e a Patricia (Amorim) tivemos há três anos. É muito bom. É uma coisa que a gente pensou em fazer a longo prazo. Não queríamos fazer uma coisa foguete. Ser campeão num ano e sumir depois. Hoje a gente tem uma equipe sólida. É a natação mais vitoriosa do Brasil que agora volta a ser campeã. É uma honra muito grande fazer parte desse projeto. O Flamengo não só volta a ser campeão como abre uma gama nova para os atletas optarem por clubes diferentes. Acho que vamos ter uma natação mais acirrada a cada ano. Deixa a competição mais interessante, mais legal - afirmou Cielo, antes mesmo de o resultado final da competição ser divulgado.
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Técnico diz que Cielo ‘está pronto’, mas confessa que esperava mais no Rio

Alberto Silva e o próprio nadador não gostaram do resultado nos 100m livre e imaginavam um tempo ainda melhor nos 50m livre do Troféu Maria Lenk


“Ele está pronto’. É assim que o técnico Alberto Silva define a situação de seu pupilo Cesar Cielo a três meses dos Jogos Olímpicos de Londres. Escolhido como uma espécie de simulado para a grande competição do ano, o Troféu Maria Lenk 2012 não foi exatamente como a dupla planejava. Ainda assim, eles acreditam que agora é só que estão de “acertar detalhes” e “ preparar a cabeça” para buscar o bicampeonato nos 50m livre e tentar brigar pelo ouro nos 100m livre.
- O Cesar é questão de detalhes. Ele está pronto. Está muito bem acostumado com a metodologia de trabalho que a gente vem fazendo. É mais na cabeça mesmo. Ele tem que estar focado nos 100m tanto quanto nos 50m. Até porque os 100m vem antes, e acho que é importante - opinou Albertinho.
Se por um lado Cesar Cielo cumpriu o planejado nos 50m livre e nos 50m borboleta, alcançando suas melhores marcas sem os trajes tecnológicos, por outro, não atingiu suas próprias expectativas nos 100m livre. Embora o nadador tenha vencido a prova, a marca de 48s28 ficou bem distante dos 47s84 (sua meta) e, mais ainda, dos 47s10 do australiano James Magnussen.
- A competição vinha perfeita até os 100m livre. Mas a gente já virou a página, a gente sabe que dentro dele as coisas estão no caminho que a gente traçou. Então, estamos tranquilo. Eu costumo falar que o resultado já está dentro do cara. Acredito que esse resultado planejado para o Cesar nos 100m livre já está dentro dele. A gente só não conseguiu realizar aqui - afirmou o técnico.
Para Alberto Silva, o novo programa de prova da competição nacional também atrapalhou o desempenho dos velocistas, de uma forma geral, nos 100m livre. Cielo, por exemplo, não teve um dia de intervalo entre os 50m borboleta e os 100m livre, como acontecia até o ano passado.
Ainda assim, o campeão olímpico e o treinador esperavam mais desta competição, que foi planejada para servir como teste final para os Jogos de Londres. Mesmo nos 50m livre, que o brasileiro foi ouro com 21s38, o resultado não foi exatamente como almejavam.
- Os 50m foram excelentes. Confesso que a gente ficou muito feliz, mas também estávamos esperando menos. A gente projetou um pouquinho menos para essa prova - ressaltou o treinador.

Cesar Cielo Troféu Maria Lenk 2012 Natação (Foto: AP)


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sábado, 28 de abril de 2012


Questionário semanal avalia a cabeça de Cielo e outros nomes da seleção 
Campeão olímpico tem dúvidas se novo sistema criado pelo técnico vai mesmo funcionar: ‘Não sei se eu meio que burlei e estraguei os testes’



A cabeça de um campeão olímpico nem sempre é simples de decifrar. Técnico da seleção brasileira e do P.RO. 16, Alberto Silva ainda hoje sofre para identificar e entender exatamente por onde andam os pensamentos de Cesar Cielo e de seus outros atletas. Foi a partir daí, que resolveu testar uma nova forma de avaliar o psicológico dos nadadores. Neste semestre, eles tiveram de responder um longo questionário toda semana, para ajudar a acompanhar o estado mental de cada um deles.

- Tem uma escala de percepção de esforço, nível de vigor, de estresse, se está com raiva ou não está. Ficou um trabalho muito bacana. Quando o cara está entrando no overtrainning (sobrecarga de treinamento), ou está com um algum problema pessoal, algum sintoma cai naquela linha ali. E tem um nível baixo que preocupa. Se o atleta tiver isso na semana, o psicólogo me avisa para eu ficar de olho - explicou o técnico.

A avaliação é feita duas vezes por semana com todos os integrantes do P.RO. 16. A primeira, na segunda-feira, para saber como foi a recuperação do atleta depois do fim de semana, e a outra, no sábado, para decifrar como o nadador ficou após a carga intensa de treinos dos últimos dias. As perguntas são respondidas com notas de 0 a 10. O problema é que nem todos sabem dizer se conseguem responder exatamente o que estão sentindo.

- Eu atinjo muitos os extremos. Em 80% da temporada, quando vou preencher alguma coisa sobre qual a minha sensibilidade, se estou sonolento, se estou irritado, talvez coloque que estou irritado por ter acordado cedo e estar mau-humorado, e não por estar nadando mal. Às vezes a gente se compara, tem gente escrevendo sempre 6 no alerta, e eu 1, 2, no máximo. É a primeira vez que fazemos isso. Vamos ver qual vai ser o resultado. Não sei se eu meio que burlei e estraguei os testes – confessou Cielo, sorrindo.

- Tem uma escala de percepção de esforço, nível de vigor, de estresse, se está com raiva ou não está. Ficou um trabalho muito bacana. Quando o cara está entrando no overtrainning(sobrecarga de treinamento), ou está com um algum problema pessoal, algum sintoma cai naquela linha ali. E tem um nível baixo que preocupa. Se o atleta tiver isso na semana, o psicólogo me avisa para eu ficar de olho - explicou o técnico.

A avaliação é feita duas vezes por semana com todos os integrantes do P.RO. 16. A primeira, na segunda-feira, para saber como foi a recuperação do atleta depois do fim de semana, e a outra, no sábado, para decifrar como o nadador ficou após a carga intensa de treinos dos últimos dias. As perguntas são respondidas com notas de 0 a 10. O problema é que nem todos sabem dizer se conseguem responder exatamente o que estão sentindo.

- Eu atinjo muitos os extremos. Em 80% da temporada, quando vou preencher alguma coisa sobre qual a minha sensibilidade, se estou sonolento, se estou irritado, talvez coloque que estou irritado por ter acordado cedo e estar mau-humorado, e não por estar nadando mal. Às vezes a gente se compara, tem gente escrevendo sempre 6 no alerta, e eu 1, 2, no máximo. É a primeira vez que fazemos isso. Vamos ver qual vai ser o resultado. Não sei se eu meio que burlei e estraguei os testes – confessou Cielo, sorrindo.


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UM BEEEEEEEIJO AMORES...!

sexta-feira, 27 de abril de 2012


Com tempo abaixo do esperado, Cielo vence 100 m livre


Cesar Cielo confirmou o favoritismo e venceu os 100 m livre no Troféu Maria Lenk na noite desta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Com o tempo de 48s28, o atleta do Flamengo conquistou a medalha de ouro com desempenho insatisfatório, segundo ele próprio avaliou depois do triunfo.
"Foi uma prova mais lenta do que a gente imaginava", disse ao Sportv César Cielo deixou para trás o melhor classificado nas eliminatórias, Marcelo Chierighini, do Pinheiros, que terminou com a prata, com 49s05. O terceiro lugar ficou com o francês Frédérick Bousquet, também do Pinheiros, que cravou 49s14.
Nicolas Oliveira, do Minas, que ficou com a segunda vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, terminou com a quarta colocação e tempo de 49s46. O quinto foi outro velocista de destaque nas piscinas brasileiras: Bruno Fratus, do Pinheiros, fechou a distância em 49s51.
Cielo minimizou o desempenho abaixo do esperado. "Não imaginava esse tempo, mas essa é uma prova que eu nem estou focando muito. Meu foco é os 50 m livre. Vou ver se faço umas competições para melhorar isso aí e ver se nado melhor na Olimpíada", apontou.
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Flamengo lidera disputa, e Cesar Cielo destaca nova era da natação brasileira


A crise no futebol parece não refletir na natação do Flamengo. Exatamente no ano que completa uma década sem conquistar nenhum título do Campeonato Brasileiro da modalidade, o clube rubro-negro lidera a disputa do Troféu Maria Lenk 2012, que termina este sábado, no Rio de Janeiro. Líder da equipe, Cesar Cielo comemora a nova fase da natação brasileira, que voltou a ter equilíbrio entre os clubes.
Cielo no pódio do Maria Lenk 2012 (Foto: Satiro Sodré / Agif)

Com 1.315,50 pontos, o Flamengo aparece em primeiro lugar no ranking da competição deste ano, no penúltimo dia de disputa. O Pinheiros é o segundo colocado, com 1.279. O Corinthians, de Thiago Pereira, vem logo atrás, com 1.256,50. Campeão de 2011, o Minas está em quarto lugar (1.002).
- A natação teve uma abertura muito boa nesses últimos dois anos. Dividiu mais um pouco as estrelas em clubes diferentes. Não está mais concentrado só em um. Está sendo muito bom, uma disputa bem bacana. É uma nova era que a natação está vivendo – disse Cielo.
Além do campeão olímpico, a equipe rubro-negra vem somando muitos pontos com a ajuda de outros grandes nomes da seleção brasileira como Leonardo de Deus, Henrique Rodrigues, Nicholas Santos, Tales Cerdeira, Joanna Maranhão e Daynara de Paula. Já o Pinheiros, que manteve uma hegemonia durante oito anos (2003 – 2010), agora não terá um caminho tão fácil até o título, apesar de ter em seu elenco os franceses Frédérick Bousquet e Laure Manaudou, além de Felipe França e Bruno Fratus.
O Corinthians corre por fora e também promete esquentar essa disputa até sábado. Thiago Pereira é o principal nome do time, que conta ainda com reforços estrangeiros e boas promessas da nova geração.
Nesta sexta-feira, a partir das 19h, o SporTV transmite ao vivo o quarto dia de finais do Maria Lenk 2012.
Ainda que a corrida pelo título este ano esteja bem mais acirrada, Cielo garante que a disputa no mundo das piscinas não tem muitas semelhanças com a do futebol.
- É uma rivalidade saudável, não é que nem no futebol. Rola só uma provocação ou outra, até por nós sermos muito amigos também. Estamos juntos na seleção há dez anos. Dá para brincar um pouquinho com o Kaio (Márcio), do Fluminense, com o Thiago, do Corinthians. É bacana.
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Cielo avança à final dos 100m e quer puxar ritmo à noite para revezamento

Decisão no Maria Lenk vai definir os dois representantes do Brasil na disputa individual em Londres e os cinco classificados para o 4x100m


Cesar Cielo pegou leve. Até demais, segundo ele próprio. Cansado e dormindo menos do que gostaria, o nadador do Flamengo avançou para a final dos 100m livre no Troféu Maria Lenk com o quinto melhor tempo das eliminatórias (49s27) na manhã desta sexta-feira. À noite, na final, vai nadar apenas na raia 2 (no canto da piscina), mas ainda assim promete puxar o ritmo com outro objetivo: subir o nível na definição da equipe que vai defender o Brasil no revezamento 4x100m em Londres.
Natação Maria Lenk Cesar Cielo 100m livre (Foto: Satiro Sodré/AGIF)

- Não tem como não estar cansado. Estou indo dormir lá para meia-noite e acordando às 7h da manhã. Mas foi bem tranquilo. Ainda deu para dar uma relaxada e uma boa soltada no fim. Para dizer a verdade, achei que peguei muito leve. Para o revezamento, é um bom time. Já temos quatro caras abaixo dos 49s, hoje à noite ainda devem surgir mais alguns. O Brasil tem um bom revezamento para fazer uma final. Para medalha ainda é um sonho um pouco distante. Mas estamos evoluindo e vamos ver se eu consigo puxar o ritmo dessa galera na final – prevê Cielo.
O SporTV transmite as finais nesta sexta-feira, ao vivo, a partir das 19h.
O nadador do Fla não conseguiu nas prévias bater o melhor tempo da sua vida sem os supermaiôs, mas ele e Nicolas Oliveira (48s71) continuam sendo os dois melhores com índice olímpico para representar o país na disputa individual em Londres – Nicolas foi o segundo das eliminatórias, com 49s09. Bruno Fratus, dono do terceiro melhor índice (48s70), foi o sexto das prévias, com 49s48. A quarta vaga do revezamento por enquanto é de Marcelo Chierighini, do Pinheiros, que liderou as eliminatórias com 48s79 e ganhou certo conforto na disputa.
Há ainda uma vaga de reserva, que Nicholas Santos pegou provisoriamente com os 49s16 das prévias. Marcos Macedo tem a marca de 49s42, mas com 50s29 nesta manhã não avançou à decisão e vai perseguir o tempo na final B à noite. A diferença é que, agora, João de Lucca está à frente dele na briga, com 49s27.
Dono do melhor tempo das eliminatórias, Marcelo Chierighini tirou um peso das costas.
- Eu estava um pouco ansioso. Fiquei a semana inteira esperando por essa prova. Agora estou bem mais tranquilo. Estou muito feliz com esse tempo. E ainda é de manhã. Dá para nadar um pouco melhor hoje à noite. Tirou um pouco o peso das costas, quebrei o gelo – afirmou o nadador do Pinheiros.

Na prova feminina, quem liderou as eliminatórias foi a americana Jeanette Gray, que nada pelo Corinthians, com 54s33. Nenhuma brasileira nadou abaixo do índice olímpico de 54s57. A segunda das prévias foi Daynara de Paula, com 55s73.
- Eu esperava esse tempo sim. Quando o meu borboleta não vai bem, meu crawl vai. Acho que é psicológico. Mas eu estava me sentindo melhor no crawl mesmo - brincou Daynara.





Cielo bate recorde sul-americano e ganha ouro nos 50m borboleta


Na noite desta quinta-feira, Cesar Cielo conseguiu mais um grande feito para a natação brasileira. O medalhista olímpico contou com o auxílio do vento na Parque Aquático Maria Lenk e ficou com a medalha de ouro na prova dos 50m borboleta. De quebra, Cielo ainda cravou o recorde sul-americano, com o tempo de 22s76.
Porém, mesmo contando com o ‘empurrãozinho’ do vento, a vitória não foi fácil. Nicholas Santos, companheiro de Cesar Cielo no Flamengo e no Projeto Rumo ao Ouro 2016 (P.R.O. 16), marcou no cronômetro o tempo de 22s79, somente 0s03 a mais do que o vencedor da prova.
Quem ficou com a medalha de bronze foi o francês Frédérick Bousquet, do Clube Pinheiros, cravando a marca de 23s02. Fechando o grupo dos quatro primeiros, Glauber Henrique Silva, do Minas, foi o dono do tempo de 23s19.
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Cielo vence e faz o melhor tempo do mundo, no ano, nos 50m livre 

Noite de finais emocionantes, válidas pelo Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Cesar Cielo, Nicholas Santos, André Schultz, Joanna Maranhão, Miréia Belmonte e Daynara de Paula, além dos revezamentos 4x200m livre, masculino e feminino, subiram ao pódio e garantiram ao Flamengo mais oito medalhas. Com os resultados de ontem, o clube da Gávea assumiu a liderança do campeonato, com um total de 764,50 pontos. Em seguida vem Pinheiros, com 731, Corinthians, com 701,50, e Minas, com 689.
Cesar Cielo voou na final dos 50m livre e fez o tempo de 21s38, desbancando Bruno Fratus, do Pinheiros, que fez 21s76. Nicholas Santos, parceiro de equipe de Cielo, terminou em quarto lugar, mas herdou o bronze de Frederick Bousquet, reforço do Pinheiros para a competição.
"Eu estava querendo competir comigo mesmo, bater na borda e ficar satisfeito. É um tempo muito bom, gostei bastante sim. É trabalhar um pouquinho em cima dos detalhes e fazer essa preparação final um pouco mais afinada, que eu acho que dá para bater meu recorde olímpico em Londres, que é de 21s30. Agora é pensar nos 100m livre, mas acho que esse tempo dá uma boa perspectiva", disse Cielo, que recebeu o ouro das mãos da presidente Patricia Amorim.
Joanna Maranhão atingiu seu objetivo ao vencer a final dos 200m medley. A nadadora liderou a briga pelo ouro e fez dobradinha rubro-negra no pódio com a espanhola Miréia Belmonte, que ficou com a prata. Joanna fez 2m14s63 e Miréia, 2m14s66.
"Objetivo alcançado. Essa competição é um desafio muito grande. Tive um problema desaúde sério no México, onde fiz um período de aclimatação e precisei tomar antibiótico, perdi massa muscular. Mas, não tem doença que me pare. A vinda da Miréia me motivou ainda mais, porque para mim, ela é a melhor do mundo nessa prova. Competir com ela já é um diferencial aqui no Brasil, já que nem sempre ela pode vir", disse Joanna.
"Venho treinando muito forte, visando as Olimpíadas. É normal que não esteja tão bem, mas o tempo foi dentro do esperado", resumiu Miréia.
Na versão masculina dos 200m medley, André Schultz assegurou lugar no pódio ao fazer a final em 2m01s45. Com esse tempo, Schultz conquistou a medalha de bronze.
Daynara de Paula também conquistou o titulo de campeã brasileira ao ficar em segundo na final dos 100m borboleta, atrás da estrangeira Jeanette Gray, do Corinthians. Daynara fez o tempo de 59s23.
"Pesou no finalzinho, mas foi bom, já que estou numa fase de adaptação. Me mudei para o Rio de Janeiro, com técnico novo, treinando no Flamengo. Fiquei satisfeita, cheguei perto do meu melhor e consegui ajudar o meu clube com os pontos", disse Daynara, uma das rubro-negras com vaga garantida em Londres.
Pelo masculino, Leonardo de Deus não fez uma boa prova e terminou na sexta colocação, com o tempo de 53s38 e Filipe Nunes ficou em sétimo lugar, com 53s49.O revezamento 4x200m livre masculino, composto por João de Lucca, Eduardo Seeger, Leonardo de Deus e André Schultz, bateu recorde de campeonato ao fechar a prova em 7m20s02. O Minas ficou em segundo, com 7m20s80, e o Corinthians, com 7m22s66, completou o pódio.  
Vitória também no feminino, que teve Joanna Maranhão, Ana Carolina Santos, Miréia Belmonte e Daynara de Paula, com 8m11s52. Pinheiros em segundo, com 8m16s29, e Unisanta em terceiro, com 8m17s73.
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DAQUI A POUCO TEM A FINALL